segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Decisão.

Tomar decisões não é a coisa mais facil do mundo. Acho que, disso, todo mundo sabe. É frequente, por exemplo, a gente se apaixonar por mais de uma área acadêmica, ou gostar de mais de uma pessoa na adolescência, ou mesmo decidir se vai gastar aqueles 50 reais que o pai deu para o fim de semana em farra, cinema, gasolina ou os três.

Há sempre o pensamento: e se eu me arrepender? E se eu tiver feito a escolha errada? E se não tiver chance de voltar atrás? E se der tudo errado? E se... e se... e se... Com isso, vai ficando cada vez mais difícil se resolver e o tempo, que não está nem aí para ninguém, vai seguindo seu caminho. Eu diria mais: vai fazendo o seu trabalho, resoluto e sem olhar para trás. Literalmente.

É como numa partida de xadrez, onde jogamos contra o tempo, que não cede nunca. Ao menor movimento nosso, ele vai e prontamente joga de volta. Se não nos movimentamos de jeito nenhum, ele permanece na vantagem, esperando sempre que a gente jogue a nossa vez e, se não o fazemos, deixamos o mundo, dando-lhe a vitória. Xeque-Mate!


Esse jogo não se assemelha a nenhum outro que se conheça. Tantos joguinhos por aí com opções de níveis fácil, médio ou difícil, não se comparam ao Jogo da Vida, que só tem um nível: o Expert. Só vence quem aceita jogar nesse grau de dificuldade. Quanto aos outros, é melhor que nem comecem. Como isso não se escolhe (não pedimos para nascer), não nos resta muita escolha.

E o hábito de decidir se faz importante justamente por conta dessa verdade. Quanto mais cedo se toma uma decisão, melhor para a pessoa que o faz. Grandes talentos e prodígios que vemos todos os dias no mundo (não todos eles, mas boa parte), começaram a praticar o que sabem desde muito cedo. Pianistas brilhantes, por exemplo, praticam desde tenra idade, conseguindo alcançar uma notavel excelência.

Tudo isso porque decidiram que dedicariam suas vidas para esta atividade. Perderam dias e noites praticando em frente ao instrumento, com o fim de se tornarem exímios. Há, inclusive, uma história a respeito de uma senhora cujo neto de 18 anos tocava piano espetacularmente bem. Chegando perto dele ela disse: eu daria a minha vida para tocar como você. Ao que ele respondeu: foi isso o que eu fiz.


Dedicação. Prática. Essas duas palavras andam lado a lado com a decisão. Pode-se dizer que são primas, ou irmãs. Dão-se bem, ao se unirem. Fazem do sujeito que as usa uma pessoa melhor, mais robusta, com mais gana de ir em frente, vencer e ser feliz. Decidir, dedicar e praticar são hábitos que precisam ser criados não só para bem próprio, mas de todas as pessoas, pela manutenção da Rede.

Falo desse tema por estar atravessando uma fase de decisões a serem tomadas. Não vou dizer que é fácil decidir. É, porém, obrigatório, se quero ter uma vida de sucesso profissional e pessoal. Todos os dias, estou decidindo alguma coisa, seja a roupa certa para usar, ou como vou gastar meu dinheiro, ou como vou organizar os alunos na escola. 

Esse hábito tem contribuído para uma maior produtividade em meus afazeres. Também me ajuda a ser mais paciente com as pessoas, cuidadoso com minhas palavras e assertivo no meu trabalho e no cotidiano. Gosto de ser assim, sinto-me bem. É como se as coisas estivessem se resolvendo dentro de mim, pouco a pouco, um dia de cada vez.


Espero, com esse post, ajudar alguém que ainda não tenha se decidido quanto ao que quer na vida. Exorto, mais uma vez, que o tempo não perdoa ninguém. Ele segue seu caminho, sempre em frente, como tem que ser. Só temos uma chance de fazer acontecer, e essa chance é agora. Lembra do desespero? Isso mesmo, pare de esperar pelo infinito. ESTE é o momento perfeito.


Boa semana!

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Voltando.

Estou de volta. Decidi que tiraria férias em Julho. Se eu trabalhei muito? Não. Tirei as férias por preguiça, mesmo. Não há internet em minha casa, e estive preocupado com outras atividades, sendo a leitura uma delas. Daí, não tive saco para postar nada de novo. Mas cá estou, postando algo inédito, de novo.

Como foi o mês de Julho para vocês? Posso dizer que o meu foi normal. Houve uma ocasião muito especial, que foi o nosso aniversário de namoro! 1 ano passa rápido, né amor? Te amo muito! Fora isso, curti a minha família, o meu cachorrinho (Pipico! Pitôco! Piii!) e a mazela de estar na cama fazendo p#rra nenhuma.

Mas aproveitei bem o meu tempo livre para fazer algo ao qual já me referi no último post, antes deste recesso: ler. Li muito, bastante mesmo. Sobretudo um "livrinho" excelente, intitulado "A Lei do Triunfo", de Napoleon Hill. Demorei cerca de 5 semanas para concluir a leitura. Mas, no final, valeu a pena.

Trata-se de um curso em 16 lições sobre como, literalmente, triunfar na vida, obter êxito em tudo aquilo que se faça. Pude ler com calma, anotando as partes mais importantes dos textos. Aliás, coitado do livro. Por conta dessa leitura, ele, novinho, já está maltratado pelas minhas marcações e sublinhadas.  

Foi parte de minha terapia. Dr. Spencer havia me falado do referido livro. Quase que instantaneamente, comprei-o. E quando comecei a ler, não parei mais. É arrebatador. Do começo ao fim, o autor vai com você através de etapas importantes na construção do seu caráter. Lições que ensinam coisas como Imaginação, Autocontrole, Regra de Ouro, etc. 


Mas o que me surpreendeu no livro não foi o fato de conter material motivacional. O livro, como bem explicou Dr. Spencer, não é uma receita de bolo. É um curso sério, desenvolvido por um sujeito que entrevistou mais de 16.000 pessoas (segundo ele), e obteve como resultado de pesquisas rigorosas as lições que o livro traz. 

O que me surpreendeu foi o fato de o livro ser antigo! Foi escrito nos anos 30! Isso mostra que o mundo nunca deixou de ser o que é. O ser humano, em sua essência, é o mesmo hoje e sempre. Basicamente, nada muda. Salvo costumes, folclores, culturas. Mas o indivíduo natural é o mesmo, pelo menos desde o início do século.

Daí me vem à mente: puxa, este livro deve ser mesmo muito bom. Se está sendo reeditado continuamente há mais de 70 anos, é porque alguma coisa deve funcionar. Como o melhor marketing é o Boca-a-Boca, não deve ter sido diferente para essa obra. E posso dizer que o material é realmente muito bom. Linguagem simples, poucos erros ortográficos e muito, mas muito conhecimento.

Recomendo a todos que gostam de boa leitura, ou aos que desejam melhorar na vida, ou mesmo àqueles que são ousados o bastante para cultivar sonhos loucos que, como toda a sociedade está cansada de saber, "nunca se realizarão." Este livro é para vocês. Mas não é exclusivo. Deveria ser, em verdade, patrimônio mundial.

É nesse clima de leitura que começo o mês de Agosto. Na verdade, tudo agora tem a ver com livros, já que as aulas recomeçaram. Isso me lembra que o trânsito também volta, querendo disputar a atenção das pessoas com as escolas, cujos alunos sempre chegam atrasado. Que pelo menos eles saibam otimizar o tempo deles com alguma boa história escrita!

Ótima semana a todos.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Ler.


Eu não sei o que me deu de uns tempos para cá. Uma coceira nos globos oculares, um negócio que corre dentro de mim. Alguma coisa que eu não sei bem explicar como e por que acontece. Me esforço ao máximo para traduzir em palavras, mas não é fácil, nem isto, nem o ato em si que me deixa desse jeito. Estou falando de ler.

Leitura, mesmo. Não sei por que, ando devorando um livro atrás do outro. Não foi sempre assim. Houve um tempo em que eu fugia de qualquer tipo de literatura. Não sabia o que estava perdendo. Acho que agora entendo, por mais idiota que possa ser essa conclusão, por que leitores lêem. Sinto-me estúpido, neste exato momento.

O ato de ler é maravilhosamente mágico. Mostra o poder que foi dado a nós, seres humanos, de processar as informações. Tornar real, ainda que na mente, aquilo que está em letras, nas brancas páginas de um empilhado de folhas de papel. Parece a criação real de um mundo onde tudo é possível, dentro da cabeça. 


A leitura traz conhecimento, diversão, criação, imaginação. Traz à superfície seres que você jamais pensou existir e, graças à capacidade que temos de processar o que está ali escrito, ganham cor, forma, vida. Situações as mais diversas tornam-se fantasmas imaginários que dançam na mente de quem os lê. É quase um universo paralelo, fantástico e arrebatador.

Não só de fantasia é feita a leitura, porém. Graças a ela, também podemos nos informar mais, saber mais, conhecer mais e ensinar mais. Conseguem imaginar uma faculdade sem livros? Ou uma internet sem palavras? Um jornal sem letras? Fico agoniado só de pensar nisso. Tantas informações que seriam perdidas se nada disso existisse.

Ler é fácil? Não. Ainda mais quando o texto é daqueles bem antigos e rebuscados. A pessoa pena para entender a mensagem que o autor quer transmitir. Há quem consiga, ainda que na base da repetição. Mas há também aqueles que desistem ao primeiro olhar. Confesso que já fiz parte deste ultimo grupo. Vejo hoje que basta só um pouco de paciência e a mensagem surge diante dos olhos.


E uma vez que você pega gosto pela leitura, creio eu que seja difícil largá-la. De tão encantadora, ela o prende, de modo que torna o leitor escravo de seus caprichos. É uma escravidão boa, ao contrário das que já conhecemos das aulas de história. Não nos torna necessariamente presos, mas livres. Escravos livres. Que paradoxo! 

Mas livres para quê? Para sonhar e aprender. Sonhamos com tudo aquilo que nossa mente é capaz de formar. Aprendemos tudo que nosso imaginário processa. Imaginar é o segredo. O cérebro é uma dádiva que nos permite pensar tudo o que quisermos. Qualquer coisa, sem exceção. Infelizmente, muitos o usam para fins malignos. Quanto a esses, não perco meu tempo escrevendo sobre.

E aí, vem algo paralelo, que todo leitor gosta de fazer: escrever. A escrita vai além de apenas imaginar. Oferece a oportunidade de criar algo. Torná-lo pseudo-tangível. Quase real, embora não de fato. É a possibilidade que se cria de outro alguém viajar naquilo que pertence ao seu pensamento. Aquilo que sai de você, habitando a mente do outro. É fantástico.

Quero ler mais, todos os dias. Não consigo mais ficar longe de um livro. Não me imagino mais sem algum texto para processar e interpretar. Não sei mais o que é ficar um dia sem saber o que aconteceu com aquele Rei beberrão, ou com aquela princesa dos dragões. É paixão. É descoberta de uma nova realidade, que cresce dentro de mim e me surpreende dia após dia.

Ótima semana e boas leituras. =)


segunda-feira, 18 de junho de 2012

Aprender.

Sou aluno de um curso de pós-graduação em Gestão da Educação numa faculdade particular aqui do Recife. Tenho aulas todas as quartas e sábados. Embora ache insuficiente, fico quase que esperando que os dias cheguem, por dois motivos: o primeiro, para que eu possa aprender mais sobre o assunto, que me fascina; o segundo, bem...para que passe logo e seja um dia a menos de curso.

Eu explico. O lance é que eu sou louco por educação. Desde que paguei, por engano, uma cadeira sobre o assunto na faculdade de Biologia, fiquei alucinado pelo tema. De repente, alguma coisa finalmente fez sentido para mim. Percebi que é graças à educação, seja ela de casa ou da escola, que somos o que somos hoje. E vi nisso o meu futuro. Nasci para instruir. Sobretudo, porém, para aprender.

E aprender é difícil. E chato, muito chato. Quando sei que vou passar 7 horas de um sábado dentro de uma sala de aula discutindo sobre um assunto só, minha reação não é outra senão preguiça. Sinto vontade de ficar em casa, sair, fazer qualquer coisa, menos ir à aula. É contraditório? Sim. Mas como pode ser, se eu sou fascinado pelo assunto? É possível gostar e não gostar ao mesmo tempo?


Depende. É comum o desinteresse que se tem por aulas. A ansiedade por sair da sala, querer fazer qualquer outra coisa, que não seja assistir àquilo. Isso se passa em qualquer colégio, faculdade ou curso técnico. O motivo é muito simples: os alunos estão cansados. Cansados desse formato enfadonho, repetitivo, rotineiro. A sala de aula é um espaço fantástico, maravilhoso. E chato.

Não só para os alunos. Também, e principalmente, para os professores. São eles os comandantes do local, aqueles que tem a primeira voz. Sem essa hipocrisia de que "professor e aluno são um só, e blablabla." Em qualquer colégio do mundo, o professor É autoridade dentro de sala. Infelizmente, essa autoridade não é respeitada, fazendo com que o professor tenha muita dificuldade em lecionar.

Essa dificuldade gera desmotivação. Desmotivado, o professor se boicota. Ruim para ele, pior para os alunos. Estes, em contrapartida, aumentam o tom da conversa, pioram as piadas e pouco se importam com o assunto a ser ensinado. Percebeu o círculo vicioso? Se não aqui, lembre-se da sua infância, na sala de aula. Para quem nasceu nos anos 90, o que descrevi acima é bem familiar.


Por que isso acontece? Há muitos motivos, a maioria dos quais não vou pôr nesta postagem, para justamente enfatizar apenas um deles, bastante simples e direto: o formato do ensino atual. Pense bem: 70 alunos por sala, dispostos em fileiras, e um professor lá na frente, expondo um ou mais assuntos em 50 minutos, para que haja fixação do conteúdo pelos educandos.

Percebeu o que eu escrevi? Fixação. Onde está a aprendizagem? Para onde ela foi? Para qualquer lugar, menos para a sala de aula. Não existe mais aprendizagem nas escolas secundaristas do país. O que existe é uma gente tão preocupada com o futuro que boicota o aprender e enfatiza o memorizar, a fim de "ser alguém na vida, passar no vestibular, ir à universidade, rapar a careca, tirar a sobrancelha."

Temos estudantes brilhantes, cada um à sua maneira. Pessoas as quais a escola não presta atenção, por não serem o modelo de alunos que querem que sejam. Temos professores geniais, que se boicotam e usam apenas 1% de sua capacidade. Tudo isso por termos um padrão de ensino que preza pelo depósito de conteúdos, e nada mais. Um padrão ultrapassado, velho, engessado e extremamente aborrecedor.


Por isso que eu conto as horas para que a aula acabe. Minha mente fica absolutamente entediada com tudo isso. Não que eu não goste de estar em sala. É só que, nessas condições, fica muito chato. Tenho alunos que se comportam da mesma forma que eu. Procuro não recriminá-los. Pois o que pedem é nada, além de valorização. Toda a comunidade escolar pede isso, aliás. E não tem. Não nos dias atuais.

Boa semana!

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Desesperadamente


Dia desses, li um livro que falava sobre a felicidade. Era interessante o modo como o autor abordava o tema, sempre falando dos grandes filósofos da antigüidade. Nota-se que, desde aquele tempo, havia uma preocupação com o "ser-feliz." Queriam atingir o patamar da plena satisfação pela vida. Diziam: a felicidade é o desejo, e só se deseja aquilo que não se tem. Logo, é impossível ser feliz.

Mais à frente, o mesmo livro vai dizer que, na verdade, não se deseja somente aquilo que não se tem. Esta ânsia por coisas que não temos chama-se, na realidade, esperança. O desejo é algo mais concreto, palpável. Exemplo: neste momento, desejo estar sentado em meu escritório, escrevendo no meu blog. E estou fazendo exatamente isso! Logo, meu desejo está sendo realizado neste momento.

Entre outras coisas que a obra vai abordar, a idéia acima é seu carro-chefe. Achei interessante porque explica como podemos ser felizes sem esperar por nada mais na frente. Sem querer tornar este um post de auto-ajuda, tenho o desejo de expressar algo que está fazendo a diferença no meu dia-a-dia. O livro foi responsável pela minha mudança de comportamento nos últimos meses.

Passei a ler mais. Leituras diversificadas, mas principalmente sobre educação, gestão e outras coisas que dizem respeito ao meu trabalho. Aprendi que não preciso esperar ganhar um milhão de reais e/ou ter casa, carro e bens para ser, de fato, feliz. Embora seja indispensável construir a própria vida no que diz respeito à independência, ela não é o motivo principal para a felicidade.


A verdadeira felicidade vem de forma desesperada. Não no sentido de pânico, agonia ou afobação. É no sentido de não esperar. Des-esperadamente. Não é preciso esperar por coisas que não temos para, então, ser feliz. Dessa forma, não seremos felizes nunca. Quando conseguirmos o que queremos, o vazio não será preenchido, e logo vamos em busca de outra coisa. E segue assim, eternamente.

Quando se é feliz desesperadamente, entretanto, não há o que querer. Só há o momento, aquele instante. Coisas pequenas, ao seu redor, te mostram do que é feita a felicidade. Uma chuva que cai, o ar que entra nos pulmões, a visão do mundo e, logo, o seu processamento. Quem é você? Ninguém além de você, agora, vivo e ativo, processador de cada segundo.

O impacto foi forte quando me deparei com essa verdade. Vi o quanto estamos apegados ao consumo de coisas que vão se deteriorar mais na frente. Mas não só isso: pude ver que nunca atingimos aquele patamar que tanto queremos, mesmo ao consumir tais coisas. É um circulo vicioso, um poço sem fundo. Enxugar o gelo, na esperança de que um dia ele fique seco, é no mínimo tolice das grandes.

Não quero ser hipócrita e dizer que não gosto das minhas coisas, de dinheiro, ou do que quer que seja. Lógico que gosto. O dinheiro é um instrumento de poder que vai me trazer conforto mais na frente. Meus supérfluos são divertidos e possuí-los me deixa contente, mas não feliz. Felicidade não depende disso. Sendo clichê ao extremo, não é o ter que vai me fazer feliz, é o SER.


Ser o quê? Ninguém além de mim mesmo. Tenho um poderoso e vitalício instrumento, chamado Corpo Humano. Sou provido de braços, pernas, entranhas e cérebro. Este último, uma dádiva. Graça divina. Nada mais tenho que fazer, a não ser desenvolver tudo que tenho, obter mais e mais conhecimento de mim mesmo e do mundo e fazer jus ao que me foi dado: o pensar.

E penso. Até demais. Só tinha que substituir os pensamentos que, antes, estavam me destruindo por dentro. Hoje, penso melhor. Na minha mente, procuro selecionar meus pensamentos. Coisas boas de um lado, lixo de outro. Há alguns lixos que insistem em fazer morada. Não permito e não permitirei mais que tal coisa aconteça. Afinal, quero ser feliz. Desesperadamente.

Ótima semana!

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Bobagem.

Tava com saudade de fazer aqueles posts sem pé nem cabeça, feito os que fiz para iniciar este blog. Pois bem, vou aproveitar o dia hoje, sem nenhuma criatividade, para escrever bobagens. Gosto delas. Já devo ter mencionado. Aliás, muita coisa já foi dita por mim. O blog tem mais de um ano e sequer comemorei seu aniversário. Que tipo de blogueiro é esse que não se lembra de celebrar o nascimento da página?

Do tipo que esquece certas coisas. Muitas coisas. Sou esquecido mesmo, assumo toda a culpa. Devo ter herdado isso da minha mãe. Quando saio de casa, sempre volto umas 2 ou 3 vezes, pra buscar algo que tá faltando. Quando vou ao banheiro, já com a pressão a mil, volto 2 ou 3 vezes para buscar coisas como revista, papel higiênico e toalha.

Aliás, quantos de vocês tomam banho depois de cagar? Eu tomo. Sei lá, não gosto de ficar só no papel higiênico. Acho nojento. Fora a agonia que dá. Para mim, é o mesmo que tirar um quadro da parede e deixar o prego. A porra do prego fica lá, incomodando a vista. No caso da bunda, o resto de merda incomoda o cu. Então, nada como um banhinho para resolver o problema.

Banho é bom, né? A gente fica lá, debaixo do chuveiro, cantando, as vezes dançando. É um lugar onde você pode fazer o que quiser, o que der na telha. Não tem ninguém pra julgar. Só você, o chuveiro e o sabonete. E aí, fica por conta da sua imaginação. Grandes cantores anônimos da MPB nunca serão conhecidos, pois suas canções não podem sair daquele canto. Jamais.

MPB...não gosto muito, admito. Acho batido a pessoa chegar a dizer que ouve "MPB, Chico Buarque, Caetano Veloso." Falta criatividade na conversa de muita gente. Aliás, numa conversa, é difícil alguém admitir que ouve Michel Teló, Justin Bieber, Parangolé, Tchu Tchu Tcha. Mas é a verdade. Muita, MUITA gente ouve essas coisas. Mas não dizem que ouvem. Preferem dizer que gostam de MPB.


Que bonito, não é?


Gosto é que nem olho, cada um tem os seus. Mas custa falar do que gosta, realmente? Eu gosto de falar merda, de rock'n'roll, de fazer sexo, de comer, de peidar. Eu falo mesmo. O que é bom, a gente faz. Mas quase nunca a gente diz. Ou porque não precisa dizer, ou porque não se quer falar sobre. Eu não falo tudo que me dá na telha. Tento ser comedido. Mas tem coisas que, quando eu menos espero, já saiu.

Sem criatividade nenhuma. Já estava de saco cheio dos posts chatos que andei fazendo. Não sou intelectual, não sou formador de opinião e não tenho a menor vontade de sê-lo. Mentira, eu quero formar opiniões, sim. Mas é difícil. Logo, não vou gastar minha energia para chegar nesse patamar. Prefiro gastá-la com outras coisas. Sei lá, risos, por exemplo. Vou rir mais.

Rir é o melhor remédio, afinal. Ou não é? Depende do riso. Se for de cosquinha, não é remédio. É um vírus mortal, capaz de matar em segundos. Cócegas são insuportáveis. Minha namorada que o diga. Ela odeia, muito mesmo. Eu também, embora não admita. Me dá uma agonia terrível. Só de pensar, tenho calos frios, digo, calafrios (Salve Seu Madruga!)

Chaves voltou? Ouvi dizer que, mais uma vez, Silvio Santos tirou o seriado da grade. Aí, semana passada, liguei a TV no SBT e adivinha? Lá estava a turma da vila de novo. Acho que o grande carma do SBT é ter Chaves para sempre na sua grade de programação, sob grande risco de ir à falência caso retire o programa definitivamente. Não sejam como a RedeTV, que perdeu o Pânico, e agora está se arrastando.

Acabou! Acabou o post. Finalmente. Tava com preguiça de escrever mais. Hoje o negócio tá brabo. Mas chegamos até aqui. Se você leu o post todo, parabéns! Se não leu, vou mandar você para aquele canto. Ora, você não vai ler mesmo! Então jamais vai ficar sabendo que eu mandei você para lá. Pois muito bem, aqui vai um grande e eloquente: VAI TOMAR!

Fui.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Devolução.

Quando a gente toma algo emprestado, fica difícil querer devolver. Um livro, uma peça de roupa, um brinquedo, qualquer coisa. Depois de um tempo, nasce em nós a sensação de que aquilo é nosso. Ora, está ali, tão perto de mim, ao meu dispor. Em muitos momentos, não nos lembramos que determinada coisa que pegamos emprestada, definitivamente, não nos pertence.

Lembro do dia que troquei o meu Nintendo 64 pelo Playstation de um amigo, só por um tempo. Passaram-se meses. Tão entretido eu estava com o video-game, que esqueci completamente do outro, o que ficou com o meu amigo Pedro. Um belo dia, ele me liga dizendo "Quero o meu Playstation de volta." Na hora da devolução, inexplicavelmente, bateu-me a melancolia. Eu já não tinha mais o Playstation.

Mesmo numa experiência bastante comum no cotidiano de muitos universitários, como eu, é possível ver esse fenômeno. A biblioteca da faculdade está ali para nos servir. Diversos livros, cada um mais velho e mais rasgado que o outro, de tanto manuseio, servem para nossa consulta e empréstimo. Não dá uma pena quando não podemos mais renovar o empréstimo, tendo que devolver o livro?

Não é péssimo quando o banco aparece na porta da sua casa para cobrar de volta bens financiados pelo mesmo que não foram pagos pelos devedores? Chega a ser humilhante. Nunca tive experiência nisto, nem pretendo tê-la. Mas imagino o nível de estresse de alguém que passa ou já passou por isso. Não deve ser fácil ver o banco tomar o "seu" carro, "sua" casa, "seus" bens.

Acostumados ficamos com as coisas que não são nossas. Muitas vezes (e tento não ser hipócrita ao falar isto), a gente torce para que a pessoa "esqueça" que nos emprestou alguma coisa, como um livro, por exemplo. Um amigo de adolescência me dizia sempre que "quem empresta, não presta." Talvez o ser humano não preste, mesmo. Mas a natureza presta, sim. E presta muito. E empresta. O nosso corpo.




Somos matéria terrestre. Todo material que somos vem da terra, e quanto a isso não tem o que se questionar. É afirmado científica e biblicamente que viemos da natureza (pó) e para ela iremos retornar, um dia, para devolver aquilo que ela nos emprestou. É como um acordo pré-estabelecido desde o início dos tempos. Infelizmente, só a terra está cumprindo esse acordo.

Morrer é difícil. Talvez nem tanto para a pessoa que vai morrer ou que já morreu. Morrer é difícil para nós, que ficamos aqui. A dor, a tristeza, a saudade e o luto ficam conosco, e não com a pessoa que partiu. É triste, para todo mundo, saber que vai chegar a hora de deixar esta realidade, bem como tudo aquilo que acumulou, que ficará para os outros. Mas para os parentes e amigos, essa dor é forte. Muito forte.

Resta o consolo de saber que a pessoa descansou de suas dores. Descansou deste mundo, tão falido e desrespeitado. Descansou dos problemas que enfrentou, da falta de recursos ou do excesso deles, do perigo de um assalto, da maldade das pessoas, da falsidade alheia, dos desastres naturais, ou mesmo da dor de ver alguém que partiu antes. Agora, o descanso, o retiro, se faz presente, no túmulo ou nas cinzas.

É aí que a natureza toma de volta o que lhe pertence. Todo material humano composto de ferro, zinco e outros elementos retornam à sua origem. Serão aproveitados para outras finalidades. A terra é mestra em reciclar material orgânico. Toda energia se transforma. Nada se cria, nada se perde. Isto eu aprendi nas minhas aulinhas de Física, há 7 anos atrás. Pude aproveitar essa frase, já que não era dos melhores alunos.

Outras vidas irão cessar. Vidas maiores, menores, muito menores e quase invisíveis darão lugar aos desígnios do acaso. A memória fica. Todas as lembranças permanecem vivas dentro do coração. Por mais clichê que a frase pareça, ela faz todo o sentido. Sério mesmo. As lembranças criam uma vida espetacular dentro de nós. Tornam-se a maior referência, em nossa memória, daquele(a) que partiu.


Deus abençôe vocês.


Post dedicado à Dona Alayr, a saudosa Tia Maninha da minha namorada, cuja voz posso ouvir neste momento, perguntando: "Pra quê esse 'Dona'?"

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Sonho.

Não. Eu não pretendo falar sobre metas de vida, ou quais são os meus objetivos para daqui a 15 anos. Também não vou dar uma de Augusto Cury e dizer para que você nunca desista de seus sonhos, porque seus ideais pertencem só a você, blablabla. Queria somente falar de um sonho que eu tive essa noite, aproveitando para tecer um texto sobre diversos outros que a gente tem quando dorme.

Bom, essa noite foi engraçada. Sonhei que era sonâmbulo. Sim, era um sonho. Eu não sou realmente sonâmbulo, com certeza! Senão minha mãe já me teria alertado disto. Dormindo, eu peguei a chave do carro, saí de casa e dirigi até o Morro da Conceição, em Casa Amarela. Lá, entrei na igreja local, e vi um imenso relógio, que funcionava à base de uns bambolês gigantes, que giravam em diagonal.

Sentei num desses bambolês e experimentei uma sensação muito boa, parecida com a que se sente quando anda no Salta Montes, do Mirabilândia. Eu subia e descia, freneticamente. Até ficar enganchado entre um bambolê e outro, e pedir por ajuda. Aí, ainda no sonho, eu acordava na minha cama, com todos olhando pra mim, com cara de reprovação, dizendo: você saiu por aí dormindo, que perigo!

Detalhe: o carro não voltou pra minha casa. Eu teria de voltar até o local para buscá-lo. Tinha medo de fazer isto, pois teria de encarar mais uma vez o pessoal da tal igreja lá do morro. Sabe quando você bebe, faz m#rda na frente de certas pessoas e morre de vergonha depois? Era assim que estava me sentindo, ainda sonhando. Para meu alívio, acordei de verdade e vi que não passara de um sonho.

Esquisito, né? Eu sei. Mas existe sonho normal? Eu acho que não. Se o leitor fizer uma auto-análise, verá que a maioria dos sonhos que teve são tão estranhos que dão até vergonha de contar. Quem contaria que sonhou com seu pai subindo numa árvore, e que chegando no topo se transformaria no Selton Mello? Ou quem ousaria dizer que sonhou com uma coisa muito erótica e acordou todo melado?




Gosto de sonhar. Sonhar é bom. Faz com que minha mente se conheça mais. Dizem que 1 hora num sonho equivalem a 5 minutos aqui na realidade. É uma pena que não tenhamos tanto controle sobre eles. Meu maior sonho seria ter controle absoluto sobre meus sonhos. Já imaginou as sensações indescritíveis que sentiríamos? Saber que, sonhando, você comandaria tudo, me deixa com frio na barriga.

Certa vez eu consegui fazer algo semelhante. Nunca me senti tão bem. É muito legal. No sonho, eu conseguia mover as coisas só com a força da minha mente. Quando eu queria pegar algo, era só esticar o braço e o objeto vinha até mim, exatamente como fazem os Jedis, em Star Wars. O leitor pode imaginar o tamanho da minha decepção quando acordei e vi que não tinha poder de p#rra nenhuma.

Gosto daqueles sonhos psicodélicos, sem pé nem cabeça. Coisa doida mesmo, sabe? Acho fantástico o que a mente é capaz de produzir, e não é pouco. Temos uma máquina poderosa que guarda muitos segredos, dos quais muitos são revelados nesses momentos. Eu gosto de comparar o cérebro a um imenso e complicado labirinto que, de tão emaranhado e difícil, as idéias se perdem dentro dele.

São essas mesmas idéias que vêm à tona quando sonhamos. Coisas que a mente guarda no seu íntimo, tão dentro que não temos conhecimento consciente delas. Aí vem a hora de dormir, e começamos a explorar a cabeça em busca de coisas variadas. E o inconsciente nos toma pelas mãos para vagar pelo labirinto e descobrir as maluquices arquivadas dentro de nós.

Convenhamos que, de perto, ninguém é normal. Não existe ninguém normal. O que existe são pessoas que querem se adequar ao senso comum e pessoas que não o querem. Gente que obedece o super-ego e gente que não o faz. Dentro do sonho, no entanto, somos todos doidos. Todos somos sem noção, malucos, desprovidos de qualquer censura intelectual. É curioso: daí surgem as melhores idéias.

Tô com sono. Vou ali produzir. =)


Feche os olhos e sinta.
Pink Floyd - Good Bye Blue Sky.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Paixão.

Ah, a paixão! Esse sentimento tão verdadeiro, poderoso e, às vezes, perigoso. Tanta gente sente, e tanta gente deixa de sentir. Fogo de palha. Responsável, porém, pela primeira atração, pela chama inicial, pelo start do que pode vir a ser uma bela história de amor. A paixão em si não mantém relacionamento nenhum, mas é uma das partes mais gostosas de um. Ou não é?

Meu fim de semana teve tudo a ver com o tema. Estive em Fazenda Nova, muito bem acompanhado de minha namorada linda, desfrutando da belíssima paisagem local. Ficamos na Pousada da Paixão, que se encontra dentro do Teatro de Nova Jerusalem, onde é encenada a Paixão de Cristo. Não tenho palavras para descrever a beleza daquele lugar.

Tudo limpo, arrumado, organizado. Lugar gigantesco. Já havia ido ali outras vezes - no mínimo 5 - mas foi a primeira vez que vi o espaço completamente vazio. Ninguém ali. Só nós dois e os cenários. Incrível! Tivemos meia hora para rodar por todo o teatro, visto que era esse o tempo de duração do aluguel das bicicletas disponíveis. Foi o suficiente.

Vou tentar descrever o jantar. Temático. Como o próprio nome já diz, tivemos direito a vestimentas romanas e refeição no cenário da Santa Ceia! Bem, não era o verdadeiro cenário, na verdade, mas era tão perfeito quanto o original. Este que estávamos foi especialmente projetado para os jantares. Haviam mais mesas e uma bandeja para se servir, na parte de trás do palco.

Foi uma experiência única. Sobretudo por estar ao lado de quem se gosta! Sem ela, não seria a mesma coisa. Estou começando a gostar da brincadeira. Viajar é bom, é muito bom. É uma fuga, digo, folga da realidade. Tem-se um espaço no tempo só para você(s). Recomendo fortemente a quem quiser descansar dos problemas: viaje. Conheça outros lugares ou retorne aos que você já conhece.


Trono de Pôncio Pilatos


Mas o termo Paixão, assim como todos os outros termos da língua portuguesa - é, eu sei, descobri o mundo agora - tem uma origem etimológica. Vem do latim passionis, que quer dizer passividade, sofrimento. E eu fiquei a refletir no significado dessa palavra, durante quase toda a viagem. Afinal, olhando para aquelas belezas, não tem como não lembrar do espetáculo.

E a peça mostra justamente a Paixão de Cristo. O sofrimento pelo qual ele passou em prol de uma causa que muita gente julga vã. Não, eu não vou dar uma de crente chato e tentar lhe converter. A proposta desse espaço não é essa. Mas eu gosto de refletir e externar aqui tudo aquilo que me incomoda. E essa questão do cristianismo é uma dessas coisas.

Sou cristão. Não por ninguém ter me forçado, ou por medo do inferno. Do inferno eu sempre tive medo. Mas eu não acho que seja isso o que me fez cristão. Também não o sou por ser santinho. Hehehe, eu não sou nada santo. Pelo contrário, quem mais peca tá aqui. Mas eu devo ter me tornado um por ter aprendido a conhecer melhor o homem que, por amor à humanidade, deu a própria carne à dilaceração.

Sofreu, e sofreu muito. Apanhou, ficou cheio de hematomas, foi humilhado, exposto à vergonha. Riram dele, seus amigos o traíram, todo mundo se afastou. Tudo isso lhe aconteceu, por um motivo: ele veio ensinar. O maior professor de todos os tempos foi morto por ensinar o Amor às pessoas. Sofreu a Paixão, por paixão à sua criação.

É por isso que eu admiro tanto a pessoa de Jesus Cristo. Não estou aqui pra discutir se ele é Deus ou não, se é O cara ou não. Cada um tem a sua crença. Eu já tenho a minha. Em minha cabeça, só uma coisa me intriga: se somos todos seres humanos, e se este homem suportou tudo isso, calado, resignado e pedindo à Deus que perdoassem os seus próprios assassinos, então, no mínimo, havia alguma coisa diferente nele.

Até mais ver.


Para NOOOOOOOOOOOOOOOOSSA Alegriaaa!
Catedral - Galhos Secos

terça-feira, 10 de abril de 2012

Convalescente.

É um saco ficar doente. Ficar doente em feriado, então, nem se fala. Logo na páscoa? Puxa, bem que a natureza poderia ter esperado mais um pouco, né? Mas não teve jeito. Tanta comida, bebida e chocolate tinha que resultar em algo ruim. E foi nisso mesmo que deu. Não, engano meu. Não deu em nada ruim. Deu em algo péssimo, terrível, absurdo.

Páscoa ruim, essa que eu tive. Minto de novo, nenhuma páscoa é ruim, pelo que ela realmente significa. Mas, neste caso particular, estou me referindo ao período recente, neste ano de 2012. Passei muito mal. Tive dor de estômago, infecção intestinal, diarréia, vômito, e outras nojeiras. Além de febre, frio e dor de cabeça. Para não citar dores em outras partes do corpo, como pernas e braços.

Suspeitou-se de dengue. Mas já tivemos casos de dengue em minha casa, e saberíamos identificar se realmente fosse. Mas não era. Foi castigo, mesmo. Um bom corretivo para minha pessoa aprender que a glutonaria não leva a nada. Ou você acha que camarão ao alho e óleo, carne de cordeiro, carne bovina, lingüiça toscana de porco e frango, carne de frango, cerveja e chocolate, quando misturados, fazem bem?

Não fazem. Pelo menos não me fizeram. Me arrearam, isso sim. Fiquei o domingo e a segunda inteiros de cama. Sem nada fazer, sem produzir, sem pensar, sem planejar. Ainda estou mal. Sobrou, como lembrança, gases provenientes da diarréia que tive. Ainda preciso dar fim ao que restou. É, é nojento sim. O que é que tem? Estou sem paciência...

Nem sei de onde arranjei forças para postar hoje. Mas eu já sabia que estava endividado pelo fato de não ter postado nem quinta, nem ontem. O de ontem, no caso, faço ser o de hoje. Mas o de quinta, realmente não o fiz de propósito. Feriado, né? A preguiça ganhou de novo. Eita, preguicite que não me deixa em paz. Não se dá por vencida nunca. Preciso ficar provando a ela que eu sou maior, sempre.


Meu ídolo.


Alguém me dá idéia? Preciso escrever sobre alguma coisa. Não posso deixar minha escrita morrer. Não queria ficar aqui somente tecendo sobre o meu mal-estar. Doente todo mundo fica. Quero mesmo é ficar bem! Tem gente que inventa que tá doente para não trabalhar, para não estudar, para não fazer nada. Se ao menos lembrassem como é ruim ficar REALMENTE doente. Nossa, é péssimo!

Dor de cabeça, febre, dor no corpo, fastio, diarréia, sensação de aperto no estômago, ânsia de vômito, vômito propriamente dito, tontura, moleza extrema. Consegue imaginar? Não, né? A gente não pensa muito na dor. Só sentimos o poder dela quando a danada está de fato alojada em nosso corpo. É insuportável, um terror. Não se faz nada, a não ser lamentar e dar trabalho aos outros.

Prefiro mil vezes estar bem, sadio, com saúde para dar e vender, e ir trabalhar, produzir, fazer alguma coisa. Dá preguiça, sim. É um saco ir pro trabalho. Mas o resultado final disso é gratificante. A alegria de ver que o seu projeto está completo e fora do papel é melhor do que qualquer desculpa esfarrapada. Salvo quando se está doente de verdade, o melhor a se fazer é levantar e deixar de ser mole.

Moleza. Quem disse que isso é coisa boa? Não é, Amigo(a)s. Ela é armadilha, é tropeço. Faz com que você despreze o difícil, o desafiador, aquilo que ninguém deseja chegar perto, por algum tipo de receio. Sempre que vejo alguém fazendo algo que é "moleza", fico com um nó na garganta. Não quero moleza, porque não quero ser mais um com medo da vida.

A vida dá oportunidades para todos. Basta olhar à sua volta e verá. Peraí, quem diabos sou eu para falar em oportunidade, ou no que a vida me dá? Ninguém. Sou um cara normal. Alguém, no entanto, que sabe aproveitar oportunidades muito pequenas, como este blog, por exemplo, na fé de que são estas que estarão construindo o alicerce para as maiores, no futuro.

Acabou.


De cama:
Disturbed - Down With The Sickness

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Intolerância.


Extraído do blog Os três macacos.


Essa semana, protagonizei um episódio parecido com esse. Infelizmente, eu fui o da esquerda. Mas não fui de todo mal intencionado. Quis apenas brincar, fazer uma piada. Dessas que você não pode perder da ponta da língua, quando o teor criativo é demasiado alto. Infelizmente, cutuquei onça com vara curta. Vara? Fui generoso. Cutuquei o animal com um lápis apontado até o final.

Lá vou eu, face-addicted como sou (e como boa parte da população mundial também é), compartilhar uma imagem engraçada e, ao mesmo tempo, crítica, a respeito da prática religiosa de uma das (des)igrejas mais famosas do país. Não fosse a Universal estampando a frente da piada, talvez não fizesse menção de postá-la. Mas não resisti. Compartilhei, seguindo de um "Faz sentido, né?", o que se segue:




F#deu! Meu post, que era pra ser um simples expressar de opinião, virou fórum. A crentalhada, da qual eu faço parte desde 1998, veio em peso me acusar de zombaria. Um deles, do qual não há qualquer necessidade de dizer o nome, veio se expressar em particular, através do bate-papo, dizendo o seguinte: "Você sabe o que fez! De Deus não se zomba, e Ele não vai tomá-lo por inocente!"

Afora com os jargões de igreja, ojerizantes por si só (detesto jargões de qualquer tipo, em qualquer área do conhecimento, quando usados em demasia), queria ressaltar apenas uma coisa que me foi ensinada, ainda nos meus anos infantes: Só Deus pode me julgar. Quem me ensinou isso? A igreja. No entanto, quem fez julgamento de minha pessoa, decorrente desse episódio? Pasme: a igreja.

Eu quis ser vítima? De jeito nenhum. No começo deste texto, assumi a culpa pela generalização contida na piada. Não são as igrejas evangélicas que vivem falando no diabo. Igrejas evangélicas vivem para pregar o Evangelho de Jesus Cristo, no qual eu acredito, apesar de ser o parasita de m#rda que eu sou. Quanto ao resto, chamo-as DESigrejas, porque desfazem o trabalho que Cristo introduziu.

Quis causar impacto. Ele foi maior do que eu imaginava. Fiquei, confesso, temeroso. Não quis mexer em vespeiro, tampouco blasfemar contra nada. Quis somente ilustrar uma problemática que é REAL e diária em muitos ambientes ditos cristãos. Pastores enganando fiéis; dinheiro à vontade, oriundo da ludibriação do público que, iludido, tem medo do satanás e paga o que for pra se livrar de qualquer encosto.

Fui intolerante. E, como troco, colhi intolerância. Generalizei, e colhi julgamento. Onde está o erro? Dos dois lados. Mas penso cá com meus botões: se o facebook é livre, e grátis, e se religião, política e futebol são coisas que não se discutem, por que então são estes os assuntos mais postados naquela rede social? Por que não falamos de qualquer outra coisa, como "Para nossa alegria" ou coisa parecida?

Por que nós GOSTAMOS de ver o circo pegando fogo. Queremos briga, queremos argumentar, queremos estar certos! Nosso ego infla quando a gente pega uma briga, usa argumentos, ainda mais se o mesmo for de teor religioso/filosófico. Jesus disse "Ide e pregai." A igreja entendeu "Ide e impõe." De igual modo, os que são contra os taxam de loucos, alienados. Hipocrisia. Onde está o respeito?




Eu não vou terminar esse texto dizendo o que todo mundo diz. Não vou pedir para que você seja menos hipócrita, mais verdadeiro, mais honesto, menos mentiroso, nem vou apelar para a emoção ao clamar por um mundo melhor. O mundo é uma m#rda, e sempre será. Atitudes como a ilustrada acima, de acordo com o Deus que eu creio, são assassinato. Literalmente, mata-se a pessoa, com uma arma tenaz: a língua.

Termino, ao invés, dizendo o seguinte: talvez eu continue a generalizar, vez ou outra. Vou errar muito ainda. Você também vai errar. Todo mundo vai errar. Para o erro, porém, e principalmente para o orgulho, há uma palavra que, quando dita, leva o peso do mundo inteiro: desculpa. Estou aqui pedindo as minhas sinceras desculpas. Sugiro que, humildemente, você peça as suas também.

Até quinta.


Pra quebrar a expressão sisuda:
Coisas que gostaríamos de dizer - Peido no elevador.

quinta-feira, 29 de março de 2012

Surpresa!



Bom dia! Exatamente. Hoje é quinta-feira e eu estou aqui, postando. Estranho, não é mesmo? Afinal, o blog sempre foi semanal. Por que agora eu invento de postar hoje? Bem, por algumas razões nada complicadas: primeiro, porque eu quero; segundo, porque estou animado demais com a possibilidade de coisas que posso fazer aqui dentro; terceiro, porque estou atendendo a pedidos.

Isso mesmo, pedidos! Pessoas estão pedindo por atualizações mais constantes. Nunca imaginei que a minha meia-dúzia de leitores pudessem sentir tanta falta do conteúdo disto aqui a ponto de me pedir que atualizasse duas vezes na semana. Bem, eu o farei! Saibam, entretanto, que é por vossa conta e risco o acesso ao recinto. Não me responsabilizo pelo seu sentimento de sem-gracisse diante de minhas piadinhas.

Vou aproveitar que hoje estou estreando as quintas e enfatizar algumas coisas que não havia feito da ultima vez. Como por exemplo: O BLOG FEZ UM ANO! Eu sei, leitor(a). Que tipo de escritor sou eu que, além de abandonar por muito tempo o lugar, ainda se esquece do aniversário? Tô ruim para ser pai, né? Eu sei, preciso treinar. Bom, f#da-se. Estou lembrando hoje, e estou muito feliz! Parabéns...ou não.

Adicionei jogos ao blog. Já havia falado isso no post anterior, eu sei. Mas quero falar de novo. E vou falar. Bem, eu o fiz porque, como disse acima, são infinitas as coisas que posso fazer com a minha página. E é muito legal descobrir isso, manipular e montar do jeitinho que você quer. Graças a isto, agora somos (eu e minha amada) viciados em Tetris. Se cuida, Facebook (eeeita pretensão...).

Adicionei também anúncios. Tá, tudo bem, é um saco mesmo ter que ficar vendo aquelas propagandas sobre "como ganhar dinheiro dormindo" ou outras coisas, como o Netflix. Mas é o Google quem escolhe. Não estou muito preocupado em barrar nenhum tipo de propaganda. Eu fiz isso, por saber que esse muquifo tem potencial pra me gerar alguma coisa, nem que seja 1 centavo por mês. Meu primeiro ativo!




Minha vida tem sofrido algumas mudanças de alguns meses para cá. Muita gente tem me ajudado a abrir os olhos com relação a certos assuntos. Semanas atrás, impressionei-me, devo dizer, com as palavras de Bill Gates, quando disse: "Antes de salvar o planeta para a próxima geração, [...] tente arrumar o seu próprio quarto!" Não sei se já mencionei que foi exatamente o que eu fiz.

Arrumei o meu quarto de maneira drástica. Infelizmente, não tenho uma foto de como ele era antes (ou tenho? vou procurar...) para mostrar a vocês, mas a situação não era boa. Tudo espalhado, misturado, não conseguia achar nada. Hoje, a história é outra. Joguei fora absolutamente TUDO o que tive certeza de não precisar mais. Foi tudo pro lixo. Todo o restante foi meticulosamente organizado.

Não sei se há alguma influência, mas, desde que decidi por fazer isso, tenho trabalhado melhor. Tenho tido mais disposição e ânimo para realizar minhas tarefas e obrigações. Algo nessa ação teve efeito motivador em mim. Não sei explicar direito. Penso, talvez, que um ambiente limpo e organizado seja a cura parcial para a procrastinação. Tenho me sentido outra pessoa dentro do meu quarto.

Uma pessoa capaz de organizar o próprio tempo, utilizando um aplicativo que, de tão simples, assusta: Lembretes. Nada mais é que um bloquinho de anotações para lembrar, no iPhone. Não há outra palavra que o descreva, senão Util. Praticamente, estou pondo toda a minha vida nele. Tudo que preciso fazer, o que já fiz, tarefas profissionais ou não. Tem tudo lá. Quando bate a ociosidade, é só checar e mãos à obra!

E essa mesma pessoa, motivada como está, decidiu que vai postar duas vezes por semana, a partir de agora. Encheção de saco em dobro, falação de merda em dobro, chororô pessoal em dobro também. Tudo isso pensando em...mim. Eu gosto daqui. E agora, com todos esses adicionais, vou terminar viciando em ficar aqui o tempo todo. E é isso mesmo o que eu quero, para mim e para vocês.

Até segunda!


É massa ouvir no carro, de manhã cedo, indo trabalhar:
Peter Gabriel - Sledgehammer

segunda-feira, 26 de março de 2012

Engraçado.

-Isso não é mulher. Isso é um velório de mendigo!
-Tadinha da dona Sofia, seu Nazareno! Se o senhor acha isso, por que casou-se com ela?
-Eu tava de porre! Eu tinha tomado uma cachaça chamada Pé-De-Moleque. Resultado: O chulé ficou pra sempre!


Genial! É gargalhando que eu começo a escrever este post em homenagem parcial a Chico Anysio. O personagem em questão é Nazareno, o meu preferido. Lembro que, quando criança, assistia Chico Total com meu pai, e esperava passarem todos os outros só para ver a esquete desse bêbado safado. Não que eu gostasse do jeito de pinguço tarado dele, nem que eu apoie que se trate as esposas como ele tratava Dona Sofia, mas eu esperava o momento certo em que dizia "CAAALADA!" Aí eu rachava o bico! Este, imortal, ao contrário de seu criador. Descanse em paz, Chico. Minhas condolências à família enlutada.

A semana que passou foi marcada por grandes acontecimentos. Quais, exatamente? Tirando o lamentável ocorrido acima, os que posso citar são de ordem pessoal. Bom, nem todos, na verdade. Alguns são tão chatos e entediantes quanto o conteúdo deste blog. Portanto, não quero e não vou torturá-los. Mas o que posso citar é um que, ao mesmo tempo, é engraçado e reflexivo.

Assisti um filme bastante interessante. Tanto que vi de novo no dia seguinte e pretendo ver mais uma vez, ainda esta semana. Trata-se de uma comédia, das melhores que já pude ver. O riso é inevitável, a gargalhada é quase regra. Quando penso que o cinema já não mais me surpreende, vejo que não importa o quanto sature. Alguém sempre virá com uma idéia original, ousada e desacreditada por muitos no início. Aliás, isso acontece em qualquer área profissional.

O filme se chama O Primeiro Mentiroso, dirigido por Ricky Gervais. Trata-se de um sujeito, Mark, que vive numa realidade onde a mentira não existe. Mesmo. Todos falam a verdade, só a mais absoluta verdade. E ninguém sabe, nem pratica, nem nunca ouviu falar em Mentira. Um belo dia, ao se ver quebrado e sem recursos, o protagonista descobre uma habilidade diferente, algo que só ele consegue fazer: mentir. E a partir daí, o filme se desenrola.

Comicamente, o filme vai transmitindo uma série de mensagens. Brinco com minha mãe, a psicóloga Fátima Reis, dizendo que a película foi feita para ela que, ao ver um filme, gosta de analisar cada cena em particular. Posso imaginá-la assistindo e comentando coisas do tipo "Entendo que esta cena passou tal mensagem, por conta do teor de humor contido nela, ou pela simbologia do personagem X sentado na cadeira da delegacia." É muita viagem pra mim, mas é batata pra ela.


 


Contudo, o filme não é só comédia puramente simples e idiota. Ao contrário deste blog, que tenta de todas as maneiras deixá-los entretidos somente com opiniões irrelevantes de um metido a intelectual de quinta (sim, eu tenho amor próprio), o longa deixa uma mensagem, no mínimo, intrigante, para não dizer perturbadora, em certo grau, de um tema polêmico e controverso em todo o mundo: religião.

É, isso mesmo. Como o filme aborda o assunto, exatamente, eu não vou dizer. Não teria a menor graça depois (SÉRIO??? NÃO ME DIGA!). Mas creio que já dê para imaginar. Enquanto vocês imaginam, eu dou meu parecer a respeito do filme: genial. Crítico e simples, faz com que a gente se pegue questionando valores enraizados na sociedade por anos a fio. Valores que teimamos em não pensar a respeito. Aliás, pensar é o que o filme nos instiga a fazer. E, de tão atrofiado, há momentos em que o cérebro, no decorrer do filme, se sente desconfortável por ter de se exercitar.

Recomendo o filme. É engraçado, é dinâmico, é inteligente. Poucas comédias hoje são tão originais. Tão poucas são, que não lembro, exatamente, se há alguma outra neste mesmo nível. Já vi muito filme na vida. Verei outros milhares, com certeza! Um de meus flertes é com o cinema. Não sou um cinéfilo, feito meu primo Luciano. Mas adoro uma sala escura, um filme interessante e a idéia de me perder dentro dele. (Ah, lembrei! Click, com Adam Sandler. Outra comédia absurda de tão inteligente)

NOVIDADES. Como podem perceber, o blog mudou. É, não mudou lá tanto, continua simples (como eu gosto), com um template limpo e um layout dinâmico. Algumas coisas chamam a atenção, tais como propaganda (isso mesmo, agora meu blog tem anúncio) e jogos. JOGOS! 3 clássicos pra vocês se divertirem enquanto exploram o muquifo: Tétris, Pac Man e Cobrinha (a do Nokia, lembra?). Eu mesmo viciei no Tétris. Sério...vai ser difícil não viciar. O sonzinho que faz quando completa a linha é nostálgico.

Por ultimo: agora O Sevandija tem página no Facebook. Já era tempo, né? Com tanta pagina tipo Humor no Face, O Melhor do Mundo, Ri Alto e outras, já estava na hora de eu me estender àquele lugar. Não, não é uma página de humor. É uma extensão deste blog que, na verdade, é pura desinformação. Curta por sua conta e risco. O blog não se responsabiliza por quaisquer mamãozisses postadas à rede. Talvez até compartilhe...mas se responsabilizar, não. É muita bobagem. :D

Tchau e boa semana! Ou nem tanto...sei lá, você decide.


Sem palavras. Genial.
OK Go - End Love

segunda-feira, 19 de março de 2012

Simples.

"Esta era uma época bastante típica. Eu era solteiro. Tudo o que eu precisava era de uma caneca de chá, uma luz e um Som. E era isso o que eu tinha." (Steve Jobs, 1982) - Tradução livre.



Bom, eu não sou Marília Gabriela, mas é com essa citação acima que eu inicio o post de hoje. Morto de sono, é verdade. Pra variar, fui dormir à 01:00 da manhã, fazendo coisas inúteis como checar o Facebook, ficar na frente do computador olhando para a área de trabalho sem necessariamente fazer alguma coisa, e me recusando a deitar, embora eu estivesse já pescando em frente ao Mac. Começo o dia com um Steve Jobs novinho, sua foto e citação, todos de 1982, para dizer que uma coisa nele me chama atenção: a simplicidade com a qual organizava suas coisas.

Todo mundo sabe que ele era um gênio. Co-fundador da Apple, fez produtos revolucionários que até hoje causam febre em meio mundo de gente, principalmente em mim, Apple-maníaco assumido. Dizem que era arrogante, prepotente, mal educado e grosso. Problema dele. Ninguém nasceu no mundo pra ser mocinho a vida inteira, tampouco para agradar a expectativa de terceiros. Ele era o que era, e não iria mudar por ninguém. Arrisco dizer que, se assim tivesse sido, não teríamos a tecnologia que temos hoje, em mãos.

Entretanto, a sua simplicidade, o seu bom gosto, e o seu desejo por detalhes me chama a atenção de uma forma que eu nunca pude imaginar. Andei lendo algumas coisas a seu respeito. Há um livro, em minha cabeceira, que teimo em não terminar, por preguiça de chegar até o seu final. Vale, porém, o sacrifício, porque explica, em detalhes, (como ele gostaria que fosse) pontos de sua vida que contribuíram para o seu sucesso. O livro se chama "O Fascinante Império de Steve Jobs." Recomendo-o fortemente.

O livro narra inclusive o que a foto acima ilustra, de modo claro. Jobs morava em um apartamento muito simples, no ano de 1982, contendo apenas uma luminária e um Som estéreo encostado na parede. Confesso que não seria tão fácil assim para mim morar nesse esquema. Gosto de uma cama, um sofá, uma TV, móveis. Mas o que eu gosto de ver nessa foto era que a sua filosofia de vida não ficou só voltada para a sua vida pessoal e/ou seu apartamento. Ele a trouxe para a sua empresa, para o seu negócio.

E funcionou.

"O único problema com a Microsoft é que eles não têm bom gosto. Em absoluto. E não digo isso de modo sutil. Falo de modo grande, no sentido de que eles não trazem idéias originais, tampouco trazem cultura aos seus produtos. [...]"

Steve Jobs era meticuloso em tudo. Amava o design de seus produtos. Não é à toa que gosto de iPod, iPad, iPhone, Mac. O bom gosto que, segundo Jobs, a Microsoft não tinha (e não tem) imperava na cabeça do cara. Tudo precisava ser bem trabalhado, bem elaborado, bem feito. Muito mais do que o que a moda impõe, o que me admira nesses produtos é justamente o que eles representam. A 2 ou 3 anos atrás, eu queria um iPhone por ser, à época, o telefone celular mais cobiçado do mundo. Virou tendência. Senti-me atraído. Obtive um, ao qual não dei muita importância, por perder a graça depois de um tempo.

Hoje, possuo um iPod Shuffle, um iPhone 4S e um MacBook. Aprendi a gostar da empresa, a querer entender sua estratégia de marketing, seu poder de venda. Fui abduzido por ela, e não tenho vergonha de dizê-lo. Isto aconteceu graças a um professor (e amigo) que tive em San Diego, Brian Hawkins. Sua cadeira de Marketing fez com que eu, além de desenvolver um certo gosto por propaganda e vendas, desenvolvesse também uma paixão gigante pela Apple. 

Jobs costumava dizer: "It just works!" Ou seja, simplesmente funciona. É o que queremos. Nós, consumidores mais do que ativos no mundo (e não adianta fugir disso com discursos moralistas e/ou ecológicos. Somos o que somos por conta da velocidade com a qual o mundo dá suas voltas.) queremos coisas que funcionem de verdade. Máquinas bem elaboradas, que valham a pena cada centavo gasto nelas. Nesse ponto também a rigidez de Jobs se fazia presente. Ele queria produtos que beirassem a perfeição, tanto interna quanto externamente.

Não estou aqui para servir de advogado da Apple, embora à esta altura do campeonato eu já deva estar sendo xingado por defender tanto alguém (ou uma empresa) que não dava (dá) a mínima pra mim. Estou aqui para dizer que, assim como todo mundo se espelha em algo ou alguém, eu escolhi me espelhar na Apple, para muitos aspectos da minha vida. Simplicidade interna e externa significa muito para mim nos dias de hoje. Não é fácil atingir esse patamar. É preciso trabalhar. Muito.

Trabalhar externamente, como eu fiz semana retrasada, ao decidir de uma vez por todas dar uma limpa geral no meu quarto. Sabe quando vc toma uma decisão, e não faz mais nada (nada!) até tê-la concretizado? Pronto. Este era eu há duas semanas atrás. Triste por conta de um problema pessoal, decidi ocupar a minha mente com algo. Quando me deparei com a zona que estava o meu recanto, não tive dúvida.

E trabalhar internamente, como ainda o faço, sendo este blog um dos meios pelos quais eu tiro meus lixos psicológicos. Confesso que é o mais difícil. Mas a jornada é divertida. É prazerosa. Olhando para o meu quarto, quase vazio, limpo e organizado, vejo como é bom estar em um ambiente onde se possa achar as coisas, onde se tenha prazer de olhar e ver um lugar confortável para se ficar, sem a agonia de uma roupa jogada no chão, ou coisas empilhadas de qualquer jeito no canto da parede, seja ela física ou mental.

Até segunda!

Ilustrando tudo que disse até agora:
Comercial do MacBook Air (Outubro, 2010).

terça-feira, 6 de março de 2012

Natureza.

Bom dia para você, que há muito tempo não sabe o que é um post aqui n'O Sevandija. Parece um despertar, depois de uma noite tenebrosa e longa, daquelas que chovem canivete, toró mesmo. Sentiram minha falta? Bem, eu não senti. Mentira, senti sim. Senti muita saudade de vocês. Havia esquecido que aqui é o meu cantinho. E que há leitores que perdem tempo lendo minhas coisas. Uns 4 ou 5, contando minha família, mas há.

Começo a manhã de hoje disposto. Com disposição de sobra para continuar na minha cama. O lugar mais quente, mais aconchegante, mais convidativo da casa. Não quero ser hipócrita a ponto de dizer "Que nada! Eu quero mesmo é trabalhar, me estressar e ter aperreio!" Não, eu não quero isso. Mas a vida não é feita somente daquilo que queremos. Não foi, não é e não será assim para ninguém, nem mesmo para o Eike Batista. Tenho certeza.

Mas não tem problema. Porque estou feliz. É, isso mesmo, feliz. Minha felicidade vem do fato de que eu estou vivo, tenho uma rotina, acordo, levanto, como, rio, deito, durmo. Tudo isso de graça, todos os dias da minha vida. Dessa parte eu gosto. Amo saber que fui presenteado com esse dom, o de viver. E vivo mesmo. Percebo, a cada dia, que meus problemas são nada, quando vejo pessoas ao meu redor que praticamente, ou literalmente, não vivem.

Gente que anda nas ruas em condições piores que ratos de esgoto. Pessoas que, por não terem nada a perder, desistem da vida, assim como quem desiste de tentar abrir uma lata de condimento. Simplesmente deixam para lá. Fácil. Uns 15 dias atrás, vi um sujeito em frente à minha faculdade com (pasmem) uma colostomia aberta. Literalmente, seu intestino grosso estava fora de seu organismo uns 25 cm. Foi a coisa mais triste, horripilante e absurda que já presenciei.

Não que tenha sido a primeira vez que eu tenha visto alguém assim. Anos atrás, eu já vi algo parecido. Mas o sujeito tinha o "cuidado" de esconder aquilo em um saco de Bompreço. É o quê? Se eu estou com nojo dessas pessoas? Não, meu amigo, minha amiga. Estou com pena. Muita pena. Seja qual for o motivo que o leve a sentar na rua com aquela coisa aberta, nada justifica um estado daqueles. Eu achava que a saúde pública no Brasil fosse de graça. Ou melhor, achava que era um direito.








Muita gente me critica pelo fato de eu querer ficar rico um dia. É, rico. Ter dinheiro, sabe? Poder. Acha que é ruim, que é utópico, que é pecado. Logo eu, um gastador compulsivo, nato. Eu, um cara que nem consegue se segurar diante de um lançamento da Apple, querer ter dinheiro. Parece piada. E é, mesmo. Mas o lado bom de toda piada é que quase sempre tem uma risada no final. E, até onde sei, quem ri por último, ri melhor. 

Sabe por que eu quero isso? Não, não é para comprar uma casa em Malibu, ou ter um terreno em Fiji, ou comprar toda a loja da Apple para ter em casa. Também não é para comprar uma Ferrari, nem uma Lamborghini. Tampouco seria para comprar roupas Lacoste ou perfumes caríssimos. Todas essas coisas se deterioram com o tempo. O tempo tudo destrói, já dizia o filme Irreversível, de Gaspar Noé. 

Queria ter recursos, querido leitor, para poder fazer igual a Bill Gates, ou Mark Zuckerberg, ou Steve Jobs (In Memoriam). Gênios, mas não por causa da Microsoft, do Facebook ou da Apple, apenas. São gênios por doarem seu dinheiro. Filantropos. Provando que a iniciativa privada é extremamente importante para a humanidade. Não dependendo de governo nenhum, poder de Estado qualquer que seja, para ajudar os irmãos que vivem à mercê do acaso.  

Ricos, sim. Qual é o problema? Mérito próprio. Isso tem o meu louvor. Já não dependem do Estado para nada, financeiramente. Já não precisam se preocupar mais com certos assuntos que causam tanta dor de cabeça à nós, meros mortais que pagamos nossas contas de forma tão apertadinha. Eu sei que nem tudo são flores na vida desse povo. Como eu disse ali em cima, as coisas não são 100% como queremos. Não é diferente para estes citados no último parágrafo.

Quero poder olhar na cara do governo do meu país e dizer "Obrigado por nada, mas eu não preciso mais de você." Se eu vou realizar isso? Bom, eu acredito que vou. Se não, pelo menos tento, até onde puder. Se a preguiça é a tranca da porta, o trabalho é a palavra-chave. E a disposição para ficar na cama, como eu disse acima, precisa ficar só na vontade. Na prática, o lance é praticar, fazer, realizar.

Até logo.

Ouço, neste exato momento:
Adele - My Same.