segunda-feira, 21 de maio de 2012

Bobagem.

Tava com saudade de fazer aqueles posts sem pé nem cabeça, feito os que fiz para iniciar este blog. Pois bem, vou aproveitar o dia hoje, sem nenhuma criatividade, para escrever bobagens. Gosto delas. Já devo ter mencionado. Aliás, muita coisa já foi dita por mim. O blog tem mais de um ano e sequer comemorei seu aniversário. Que tipo de blogueiro é esse que não se lembra de celebrar o nascimento da página?

Do tipo que esquece certas coisas. Muitas coisas. Sou esquecido mesmo, assumo toda a culpa. Devo ter herdado isso da minha mãe. Quando saio de casa, sempre volto umas 2 ou 3 vezes, pra buscar algo que tá faltando. Quando vou ao banheiro, já com a pressão a mil, volto 2 ou 3 vezes para buscar coisas como revista, papel higiênico e toalha.

Aliás, quantos de vocês tomam banho depois de cagar? Eu tomo. Sei lá, não gosto de ficar só no papel higiênico. Acho nojento. Fora a agonia que dá. Para mim, é o mesmo que tirar um quadro da parede e deixar o prego. A porra do prego fica lá, incomodando a vista. No caso da bunda, o resto de merda incomoda o cu. Então, nada como um banhinho para resolver o problema.

Banho é bom, né? A gente fica lá, debaixo do chuveiro, cantando, as vezes dançando. É um lugar onde você pode fazer o que quiser, o que der na telha. Não tem ninguém pra julgar. Só você, o chuveiro e o sabonete. E aí, fica por conta da sua imaginação. Grandes cantores anônimos da MPB nunca serão conhecidos, pois suas canções não podem sair daquele canto. Jamais.

MPB...não gosto muito, admito. Acho batido a pessoa chegar a dizer que ouve "MPB, Chico Buarque, Caetano Veloso." Falta criatividade na conversa de muita gente. Aliás, numa conversa, é difícil alguém admitir que ouve Michel Teló, Justin Bieber, Parangolé, Tchu Tchu Tcha. Mas é a verdade. Muita, MUITA gente ouve essas coisas. Mas não dizem que ouvem. Preferem dizer que gostam de MPB.


Que bonito, não é?


Gosto é que nem olho, cada um tem os seus. Mas custa falar do que gosta, realmente? Eu gosto de falar merda, de rock'n'roll, de fazer sexo, de comer, de peidar. Eu falo mesmo. O que é bom, a gente faz. Mas quase nunca a gente diz. Ou porque não precisa dizer, ou porque não se quer falar sobre. Eu não falo tudo que me dá na telha. Tento ser comedido. Mas tem coisas que, quando eu menos espero, já saiu.

Sem criatividade nenhuma. Já estava de saco cheio dos posts chatos que andei fazendo. Não sou intelectual, não sou formador de opinião e não tenho a menor vontade de sê-lo. Mentira, eu quero formar opiniões, sim. Mas é difícil. Logo, não vou gastar minha energia para chegar nesse patamar. Prefiro gastá-la com outras coisas. Sei lá, risos, por exemplo. Vou rir mais.

Rir é o melhor remédio, afinal. Ou não é? Depende do riso. Se for de cosquinha, não é remédio. É um vírus mortal, capaz de matar em segundos. Cócegas são insuportáveis. Minha namorada que o diga. Ela odeia, muito mesmo. Eu também, embora não admita. Me dá uma agonia terrível. Só de pensar, tenho calos frios, digo, calafrios (Salve Seu Madruga!)

Chaves voltou? Ouvi dizer que, mais uma vez, Silvio Santos tirou o seriado da grade. Aí, semana passada, liguei a TV no SBT e adivinha? Lá estava a turma da vila de novo. Acho que o grande carma do SBT é ter Chaves para sempre na sua grade de programação, sob grande risco de ir à falência caso retire o programa definitivamente. Não sejam como a RedeTV, que perdeu o Pânico, e agora está se arrastando.

Acabou! Acabou o post. Finalmente. Tava com preguiça de escrever mais. Hoje o negócio tá brabo. Mas chegamos até aqui. Se você leu o post todo, parabéns! Se não leu, vou mandar você para aquele canto. Ora, você não vai ler mesmo! Então jamais vai ficar sabendo que eu mandei você para lá. Pois muito bem, aqui vai um grande e eloquente: VAI TOMAR!

Fui.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Devolução.

Quando a gente toma algo emprestado, fica difícil querer devolver. Um livro, uma peça de roupa, um brinquedo, qualquer coisa. Depois de um tempo, nasce em nós a sensação de que aquilo é nosso. Ora, está ali, tão perto de mim, ao meu dispor. Em muitos momentos, não nos lembramos que determinada coisa que pegamos emprestada, definitivamente, não nos pertence.

Lembro do dia que troquei o meu Nintendo 64 pelo Playstation de um amigo, só por um tempo. Passaram-se meses. Tão entretido eu estava com o video-game, que esqueci completamente do outro, o que ficou com o meu amigo Pedro. Um belo dia, ele me liga dizendo "Quero o meu Playstation de volta." Na hora da devolução, inexplicavelmente, bateu-me a melancolia. Eu já não tinha mais o Playstation.

Mesmo numa experiência bastante comum no cotidiano de muitos universitários, como eu, é possível ver esse fenômeno. A biblioteca da faculdade está ali para nos servir. Diversos livros, cada um mais velho e mais rasgado que o outro, de tanto manuseio, servem para nossa consulta e empréstimo. Não dá uma pena quando não podemos mais renovar o empréstimo, tendo que devolver o livro?

Não é péssimo quando o banco aparece na porta da sua casa para cobrar de volta bens financiados pelo mesmo que não foram pagos pelos devedores? Chega a ser humilhante. Nunca tive experiência nisto, nem pretendo tê-la. Mas imagino o nível de estresse de alguém que passa ou já passou por isso. Não deve ser fácil ver o banco tomar o "seu" carro, "sua" casa, "seus" bens.

Acostumados ficamos com as coisas que não são nossas. Muitas vezes (e tento não ser hipócrita ao falar isto), a gente torce para que a pessoa "esqueça" que nos emprestou alguma coisa, como um livro, por exemplo. Um amigo de adolescência me dizia sempre que "quem empresta, não presta." Talvez o ser humano não preste, mesmo. Mas a natureza presta, sim. E presta muito. E empresta. O nosso corpo.




Somos matéria terrestre. Todo material que somos vem da terra, e quanto a isso não tem o que se questionar. É afirmado científica e biblicamente que viemos da natureza (pó) e para ela iremos retornar, um dia, para devolver aquilo que ela nos emprestou. É como um acordo pré-estabelecido desde o início dos tempos. Infelizmente, só a terra está cumprindo esse acordo.

Morrer é difícil. Talvez nem tanto para a pessoa que vai morrer ou que já morreu. Morrer é difícil para nós, que ficamos aqui. A dor, a tristeza, a saudade e o luto ficam conosco, e não com a pessoa que partiu. É triste, para todo mundo, saber que vai chegar a hora de deixar esta realidade, bem como tudo aquilo que acumulou, que ficará para os outros. Mas para os parentes e amigos, essa dor é forte. Muito forte.

Resta o consolo de saber que a pessoa descansou de suas dores. Descansou deste mundo, tão falido e desrespeitado. Descansou dos problemas que enfrentou, da falta de recursos ou do excesso deles, do perigo de um assalto, da maldade das pessoas, da falsidade alheia, dos desastres naturais, ou mesmo da dor de ver alguém que partiu antes. Agora, o descanso, o retiro, se faz presente, no túmulo ou nas cinzas.

É aí que a natureza toma de volta o que lhe pertence. Todo material humano composto de ferro, zinco e outros elementos retornam à sua origem. Serão aproveitados para outras finalidades. A terra é mestra em reciclar material orgânico. Toda energia se transforma. Nada se cria, nada se perde. Isto eu aprendi nas minhas aulinhas de Física, há 7 anos atrás. Pude aproveitar essa frase, já que não era dos melhores alunos.

Outras vidas irão cessar. Vidas maiores, menores, muito menores e quase invisíveis darão lugar aos desígnios do acaso. A memória fica. Todas as lembranças permanecem vivas dentro do coração. Por mais clichê que a frase pareça, ela faz todo o sentido. Sério mesmo. As lembranças criam uma vida espetacular dentro de nós. Tornam-se a maior referência, em nossa memória, daquele(a) que partiu.


Deus abençôe vocês.


Post dedicado à Dona Alayr, a saudosa Tia Maninha da minha namorada, cuja voz posso ouvir neste momento, perguntando: "Pra quê esse 'Dona'?"