segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Vida.

Cheguei. Que fim de semana! Coisa boa demais aconteceu em três dias. Nem preciso comentar o que houve de melhor, né? Tiësto simplesmente destruiu aquele Cabanga. Insuperável, inigualável, ensurdecedor. Show muito bem feito, com direito a toda uma produção impecável. Nota 10 para o SHOW. Nota zero, entretando, para a organização. Uma das piores que já vi. Que pena.

Próxima parada: David Guetta. Achava que não iria gostar dele. Mas o cara manda muito bem. É pop, é mais da modinha, faz musicas com letrinhas água com açucar. Mas, poxa...não é que eu gosto dessas coisas ? E agora então, namorando, é que eu gosto mesmo. Adoro o fato de ter ao meu lado alguém que curte as coisas que eu gosto, como balada, por exemplo! É bom, é gratificante.

Sobre o que devo falar hoje? Hum, deixa eu pensar. Não tô com muito assunto, na verdade. Já sei: vou perguntar de você. Como você está, hoje? Tudo bem? Como está sendo esse início de semana? Uma merda, né? Eu sei. É sempre uma porcaria. Morgado, chato, longe da sexta e congestionado (o trânsito, no caso.) Sei lá, deve ser por isso que eu queria me aposentar cedo. Preocupar-me com a Segunda me deixa meio transtornado.

hein?

Gente, o que está acontecendo na Turquia? Primeiro, um ataque terrorista mata dezenas de pessoas, e agora esse terremoto terrível? Como assim? Um povo tão bom, passando por esse tipo de perrengue? Fico muito preocupado quando vejo isso, principalmente porque deixei amigos turcos nos Estados Unidos. Gente que eu aprendi a gostar, pessoas hospitaleiras e gentis...não merecem passar por isso.

Cacete...tô mesmo sem assunto. Tô tentando conversar algo, mas tá difícil de sair. Sabe aqueles dias sem criatividade? Encontro-me assim hoje. Tá complicado. Alguém tem uma idéia? Comecei a falar da Turquia aí em cima, será que um ser poderia me informar melhor dos recentes acontecimentos por lá? Como já explicitei mais de uma vez aqui, não costumo assistir TV, nem Jornal Nacional, nem nada.

Olha, estou namorando. Já disse isso, né? Mas não disse ainda como está sendo meu namoro. Querem saber? Dos meus namoros, este atual está sendo mais construtivo, mais adulto, mais responsável. Tenho aprendido muita coisa com ela, e espero continuar aprendendo. Creio que ela também tem aprendido muito comigo. Pela primeira vez, eu vejo uma conexão entre eu e a pessoa com quem estou me relacionando. Isso é muito difícil. Temos nossas diferenças, as quais administramos na base da conversa. Mas o melhor, o melhor de tudo isso, é que a gente se gosta muito, e não é de hoje.

Conheço Ana há aproximadamente 10 anos. Caramba, 10 anos! É muito tempo. Sempre fomos amigos, sempre fomos confidentes. Pessoas próximas, mesmo estando ausente. Somos de colégio, nos conhecemos no finado Neo Planos. Estranho. Não imaginei que fosse me apaixonar por aquela menina pequena, canhota, que usava a banca para destros, pelo fato de escrever para baixo. Esse detalhe sempre me encantou, não sei exatamente porque. A pessoa, quando gosta, vira um pouco idiota.

Eu gosto dela. Eu a amo. Não vivemos num conto de fadas. Tampouco numa novela das seis. Vivemos no mundo real, e isso faz toda a diferença. É MUITO melhor. Muito mais verdadeiro! Tenho orgulho dela, pelo que ela é, pelo que representa pra mim. E não é pouco. Vai além do namoro, é uma amizade sem fim. Um companheirismo ímpar. Tenho muita sorte de tê-la comigo.

A vida é assim. Na minha concepção, é sem graça quando se está só, e desafiadora quando se tem alguém. Qual é a graça de viver no Forever-Alonismo? Nenhuma...mesmo. Ninguém pra compartilhar, ninguém com quem se irritar, ninguém pra chamar sua atenção quando você dá uma mancada. Fica complicado de viver assim. Perde-se tempo. Faz-se da vida uma macarronada sem molho, e sem sal. Ah, e sem carne moída.

Vivam. Aquela garota LINDA ali que você ta de olho: para de tremer e tenta, ô babacão. Se ela desprezar, foda-se! Haverá outras, e outras, e outras. Mas, se ela te aceitar, você verá como valeu a pena sair por cima da sua auto-certeza absoluta, para tentar algo novo. Eu tentei, eu passei 10 anos sem desistir, quieto, acreditando. Hoje, estou realizado. Muito realizado. Vivendo. Feliz!

So long.

Tem no meu iPod:
Red Hot Chili Peppers - The Power of Equality

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Saco

Eu tinha dito que ia voltar, não foi? Bem, voltei. Mas parei de novo. É, fazer o quê? Não é muito simpático da minha parte, mas é que dá uma preguiça desgraçada postar aqui toda semana. Bem, como meu apreço pelo Blog e pelos poucos leitores (um, dois...?) que tenho, resolvi que voltaria de novo. A gente pode voltar duas vezes? Acho que pode, né? Quem por aí afora já voltou mais de duas vezes para alguma coisa que prometeu voltar? Steve Jobs? Foi! Aí, antes de voltar a terceira vez, alguém lá em cima enfrentava problemas com o iPhone e teve de chamá-lo para ajudar.




Boa noite. Recife, 17 de Outubro de 2011. Segunda Feira. Para muitos, dia de mazela total. O saco da semana. O começo. Aquele dia que ninguém quer que exista, depois de um domingo chato ouvindo a voz onipresente de Faustão e comendo pizza Perdigão no jantar. Bem, aqui em casa, pelo menos, essa cena é absurdamente comum. Parece que o dia de Domingo foi feito exclusivamente para que os brasileiros possam absorver a voz de Fausto Silva. É absurdo: para onde quer que se vá (mesmo), você ouve um "Ô LOCO, MEU!" ou um "BRINCADEIRA!", ou mesmo um "ESSA FERA AÍ, BICHO!" Tô mentindo?

Segunda é dia de recomeço. É um dia onde você deixa de lado o fim de semana que passou, põe o espírito baladeiro de lado e parte pra mais sete dias de luta intensa, contra o sistema ou a favor dele. Por isso que dá uma certa depressãozinha quando você sai do Sábado e chega no Domingo. A diversão de ontem à noite passou, e agora o lance é encarar o que não é fantasia, mas realidade. A tristeza fica pior no decorrer do dia, quando se vê que não tem muito o que fazer a não ser ligar a TV, ou gastar horas no computador, lendo Blogs como esse.

Essa Segunda, pelo menos, foi feriado para os professores e comerciários. Bem, o feriado dos professores aconteceu mesmo no Sábado, mas foi transferido para hoje. Como eu trabalho num colégio, não tive trabalho. Fiquei em casa fazendo...nada. Incrivel, né? Massa é você se ver em casa, com o tempo livre, e ver seus amigos indo trabalhar. Dá uma sensação de Forever Alone que você não imagina. É chato, e a cabeça fica vazia. Cabeça vazia é a casa de quem, mesmo?

Mas essa semana é especial para mim. E, por isso, ela vai passar logo. Bem, é o que eu espero, pelo menos. Mas tenho fé que vai. O motivo? Pequeno, quase inotável, tem apenas 6 letras que não chamam tanta atenção: T I Ë S T O. Não tive oportunidade de vê-lo quando estava nos Estados Unidos. Não fui para Las Vegas ver o seu show (MUITO FODA!) no fim de semana em que eu tinha tudo para ir. Voltar de lá e de cara receber a notícia de que o DJ número 1 do mundo iria tocar AQUI (AQUI!) foi foda de aguentar. Fui um dos primeiros a comprar os ingressos.




Eu sou amante da música eletrônica. Assumo. Desde pequeno, desde guri, eu gosto dessa batida, dessa viagem que só ela proporciona. Samplers, efeitos variados, toda a maquinaria do DJ sempre me fascinou. A musica computadorizada tem uma pegada difícil de descrever: é simplesmente mágica. É como as varinhas das histórias de Harry Potter: ela escolhe você. Quando você ouve, ou você se identifica, ou não. Ou você ama, ou você odeia. Eu amo. Eu sempre amei, e eu sempre vou amar. E é por isso que tenho certeza de que esse show será um dos melhores da história do Recife, e da minha vida.

Provavelmente, vai ser a depressão pós-balada mais difícil de superar (mãe, não leve a sério). E aí, vou entrar no Sábado pensando em como foi a noite anterior, e viajando na memória que ficou guardada lá no fundo da mente (não...no fundo do pé, jumento!) Sabe o melhor? Terei companhia. E essa companhia é igual a mim nesse quesito. Eu não disse parecida, nem semelhante, nem similar. Eu disse igual. E nós vamos nos divertir como nunca antes na história desse relacionamento. Né, gordinha?

Olha só, mudando de ovo pra bola: estou pensando em fazer um Vlog. É, aquela coisa lá que Felipe Neto faz, e o PC Siqueira também. Será que eu devo? Confesso que a idéia de ter um canal no YouTube com alguns milhares de acessos me atrai. Não sou hipócrita: quero fazer isso pra que o povo assista minhas merdas. É divertido, e não dá dinheiro algum. Só dá mesmo o prazer de me amostrar pro Brasil todo ver. O Parasita Que Fala no YouTube vai ser FODA, né não? 

Não sei quando vou começar isso. Amanhã, ou ano que vem. Não importa. Quando eu tiver preparado, talvez. Quero deixar tudo muito bem bolado. Sei lá, né? Vai que pega??? E se pegar, posso até ter uma grana com merchan. Sonhando alto, né? Deixa tudo como está, por enquanto. Tá bom assim. Primeiro, vou me reacostumar a não deixar vocês na mão, esperando por mais uma atualização dessa merda aqui. Essa danada dessa PREGUIÇA...me deixaaa! SAI! Vade retro, coisa ruim...vou fazer um trabalho pesado pra essa maldita ir embora. :D

Fome. É o que sinto sempre que termino de escrever aqui. Parece larica (não, eu não fumo Cannabis). Termino essa viagem aqui, e aí o estomago reclama. Talvez seja isso que a gente sinta com a sensação de dever cumprido. Sinto esse Blog como se fosse meu dever. Lembram que eu falei que era uma terapia? E continua sendo. Só preciso de um pouco mais de esforço para continuar frequentando ela. E meu amor por ela é bem maior que minha preguiça. Pode acreditar. Tanto que voltei. De novo.

XÊRO PRA VCS.


Pra o ouvido não morrer:
Tiësto - Love Comes Again

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Meia-volta.

"UUUUUUUUUUAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA.....ÁÁÁ!!! DEZ MIL ANOS, ME DEIXARAM COM UM BRUTO TORCICOLO!"

Se você tem mais de 20 anos, vai se lembrar dessa frase. Puxa pela memória que chega. Desiste? Ok, eu conto. Isso foi o que o gênio da lâmpada disse ao Aladdin quando ele o libertou da...lâmpada. Tanto tempo assim realmente faz com que as coisas se deteriorem. Móveis criam teias de aranha, músculos se entrevam, a pele envelhece, a madeira fica velha e comida por cupins, os blogs ficam...peraí, o que acontece com os blogs? NADA.

Pois é, amigos leitores. Voltei. Dois meses foram o bastante para me deixar fora de forma. Literalmente. Estou gordo feito uma baleia. Mas falo aqui de minhas habilidades com os dedos. Não estou lá essas coisas. Nem reclamem, por favor. Voltei hoje pra academia e quase vomito por lá (Mãe, eu tô bem, tá? Relaxa), pra não falar que paguei o maior mico com um amigo que não via a muito tempo, e por estar sentindo ânsia de regurgitar, não pude lhe dar a devida atenção.

Minhas mãos também se encontram fora de forma. Agora mesmo, deixo elas quase que no piloto automático, trabalhando sozinhas. Parece uma dança sobre teclas onde os únicos protagonistas são os meus dedos, sem a participação de minha cognição. É engraçado, porque eles fazem o que querem, não se deixam intimidar por uma "folha" em branco. Escrever é com eles mesmos. Até me assusto com a vontade deles de teclar.

O que aconteceu durante esse meu tempo ausente daqui? Algumas coisas. Pra listar algumas delas: comecei um trabalho novo, recebi uma amiga da Turquia, comemorei dia dos pais, assim como o aniversário do meu pai, comecei um namoro (especialíssimo, presente maravilhoso que nem sei expressar), voltei pra academia (tecnicamente eu só voltei hoje, mas havia feito minha matrícula la na Hi Casa Forte desde o começo de Julho), dentre outras coisas que não me lembro.

Pois, hoje eu resolvi que voltaria. Fui cobrado de atualizar mais de uma vez. Ok! Cá estou eu atualizando meu cantinho. A propósito, falando em "inho", li isso aqui semana passada:

macho nunca fala no diminutivo

Nem preciso dizer que eu me caguei de rir, né? Então vou corrigir o que disse: cá estou eu atualizando meu CANTO! Hehehe...agora está melhor. Negócio de falar "inho" é pra quem dorme na caixa, mas eu não entendo dessas coisas, sou Rubro-Negro. Pergunta lá pra torcida da Barbie :D #trollface

Se eu tenho saudades dos Estados Unidos? Tenho sim. Eu falei, não falei? Faz dois meses que voltei pra casa. E penso muito em San Diego. Tudo que eu vivi por lá foi mágico. Balboa Avenue com Genesee Avenue, onde eu morei por muito tempo. UTC Mall, onde eu almoçava praticamente todos os dias. La Jolla Village Drive, onde o ônibus passava pra ir à UCSD. A própria Universidade, lugar maravilhoso de se estar.  A Igreja Batista de East Clairemont, que jamais esquecerei. Gosto muito de lembrar de tudo isso.

Foi um tempo maravilhoso. Absolutamente necessário para o meu desenvolvimento emocional. Não me arrependo de nada do que vivi por lá (salvo quando me deixava influenciar por pessoas desnecessárias simplesmente para fazer parte daquele grupo específico), pois tudo contribuiu para que eu crescesse um pouco nesse meu universo particular. Fiz muitas amizades, e alguns inimigos, a favor dos quais eu torço.

Fiquei devendo algumas viagens. Las Vegas foi uma delas. Absolutamente importante, mas deu errado em todas as vezes que planejei ir. Fazer o quê? Há vezes em que não tem que ser. Portanto, não me estressei. Conheci parte de Los Angeles, belíssima cidade. Conheci San Diego! Quem diria que eu, um dia, iria morar numa cidade como essa? Logo onde? CALIFÓRNIA.

Pois é. Estados Unidos já passou. RECIFE! De volta à minha problemática e mal-educada cidade, que eu tanto amo. Por mais defeitos que tenha, é a minha casa. E não posso reclamar tanto da minha casa. Agir é melhor, caso queira mudar alguma coisa. As coisas começam primeiro na gente, né mesmo? Pois pronto. Aprendi muita coisa no exterior, e quero muito aplicar aqui. Minha cabeça não é mais a mesma. Nunca mais será.

Pretendo voltar. Sim, por que não? Quero passear, descobrir mais. Turistar (existe essa palavra?), conhecer. E compartilhar. Compartilhar, aliás, é algo que todo mundo deve fazer. Coisas boas, diga-se...as más, eu dispenso. Se bem que eu mereço. Já fiz mal a muita gente. Mas quem não fez? Isso deve estar proporcionalmente ligado ao egoísmo. EU primeiro? Então o outro que se f#da. :)

Fui!!!

Pra dar um banho de movimento ao corpo entrevado:
Tim Berg - Seek Bromance

terça-feira, 21 de junho de 2011

Casa!

Eita p#rra!!! CHEGUEI EM CASA! Pense numa alegria, todo mundo me esperando, festa, Stella Artois, Crepe. Só coisa boa! Fiquei surpreso ao chegar no meu quarto e vê-lo todo arrumado, com lençóis novos, cortina nova, e um monte de coisa diferente. Não tem sensação melhor do que estar no lar da gente. Tudo parece perfeito, mágico, ímpar. Foi exatamente quando vi que estava em casa, não foi? Não, Sevandija, não foi.

Eu vi que havia chegado quando presenciei uma coisa que só se tem em Recife: TRÂNSITO. Tá, nem venham falar de São Paulo ou outras localidades de maior porte. Quem vive AQUI em Recife sabe que a cidade ganha disparado no quesito PIOR trânsito do mundo. Quem dirige pelas ruas da cidade conhece bem todos os lugares, os becos, os atalhos, as entranhas. O que acontece é que o MUNDO inteiro conhece as ruas do Recife. Resultado? Para onde quer que se vá, há um engarrafamento.

Engarrafamento me lembra engavetamento. E isso é outra coisa que vive tendo por aqui. Como as coisas em Recife só funcionam na base da ignorância, o motorista de trás jamais terá paciência suficiente para esperar o da frente andar. Esta é a única cidade onde, em ruas absurdamente estreitas, tem-se a necessidade de correr a 80Km/h. Mas de onde vem a necessidade? Pasme: de canto nenhum, em absoluto.

Criou-se a mania, a cultura, o ambiente da agonia. Eu assumo toda a culpa. Já me envolvi em alguns terríveis acidentes por excesso de velocidade. Paguei por isso. Ou melhor, quem pagou foi meu pai, o que, para minha índole e orgulho, foi pior. Mas não tive escolha, pois era apenas um estudante do ensino superior, sem poder aquisitivo suficiente para arcar com todos os prejuízos. Aceitei o amor imenso que minha família tem por mim e deixei que as coisas se resolvessem da melhor forma possível.

Pois é, amigos. Eu falei outro dia que minha cidade não era só maravilhas, né? Disse que falaria em outro post sobre as broncas que existem por aqui. E falo mesmo. Amo minha cidade, como bem já disse. E é exatamente por isso que explicito sobre os nossos problemas. O meu desejo é que a cidade cresça. Para crescer, é preciso corrigir. Tomei altas correções quando era mais novo, por que Recife também não pode tomar?

Fico pensando no que testemunhei por 9 meses nos Estados Unidos. Os nativos sempre me diziam: o povo aqui na California dirige muito loucamente! Hehehe...não conhecem Recife. Amigos, vou lhes contar como são os motoristas loucos da Califórnia: Eles dirigem a uma velocidade padrão; dão absoluta prioridade ao pedestre; param 100% onde se tem o sinal "stop" pintado nas ruas, mesmo que não tenha carro ou pessoas atravessando a rua; não se impacientam nos engarrafamentos, pois os mesmos não demoram mas que 20 minutos.

Tá. Uma foto não pode provar nada. Portanto, espero que vocês acreditem no que estou dizendo, pois não tenho testemunhas no momento :D O meu argumento é o seguinte: precisamos parar com esse orgulho idiota e aprender com quem sabe fazer de forma bem feita (ou pelo menos melhor do que nós). Caso contrário, ficaremos na mesma merda, reclamando dos mesmos problemas, como eu estou fazendo aqui neste Blog...

Mudando de assunto: começou a chover aqui. Fazia muito tempo que eu não sabia o que era estar em casa durante uma chuvinha boa dessas. Claro que choveu em San Diego. Mas não é a mesma coisa de uma chuva em Recife, dentro de casa, relaxando ao som de um Jazz delicioso (chega...). E detalhe: estou na varanda de meu apartamento, postando diretamente da minha mais nova aquisição: MacBook!

Pois é. Cheguei. Estou de volta. Mais uma vez enfrentando o trânsito da cidade, mais uma vez dormindo no meu quarto cheio de madeira e bagunçado. Outra vez junto de minha querida família, e ouvindo a voz deles enquanto eu cochilo numa tarde de domingo. De novo tendo que dar bronca em Ozzy por ter mijado na cortina, ou no sofá, ou no banheiro social, ou no pé da mesa, ou no pé de alguém (pasmem).

Entretanto, sinto-me diferente. Um novo homem. Alguém cuja experiência fora do Brasil valeu muito a pena. Mais do que desejada, posso dizer que ela era necessitada. Passar por tudo que passei no exterior me fez rever alguns valores. Não fui nenhum coitado, de forma alguma. Mas aqui dentro, na minha psique, certamente houve uma transformação. Algo dentro de mim finalmente saiu, tomou o seu devido lugar. E hoje (se não totalmente, parcialmente) sinto que posso respirar em paz.

Até outro dia.

P.S.: Ando atrasado com as postágens. Pretendo compensar o atraso com algumas extras. (ÊÊÊÊÊÊ...)


Musiquinha de balada:
LMFAO - Party Rock Anthem

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Atraso.



Ok. Desculpem. Prometi atualizações constantes aqui, mas essa semana passada eu realmente não toquei no blog. E por que eu não o fiz? Simples e sem desculpas: preguiça. Eu assumo toda a culpa, sou mesmo um preguiçoso. Vou me esforçar para mudar essa conduta :) palavra de blogueiro. Preguiça, entretanto, não foi o único motivo, embora tenha sido o principal.

Ultima semana em San Diego. Ultimos passeios, fotos, sorrisos, momentos. Ah, e também ultimos trabalhos e provas a fazer até próxima sexta. Não sei bem o que dizer de minha viagem. Muita coisa aconteceu durante esses 9 meses. Coisas boas e ruins, engraçadas e tristes, calmas e agitadas. Se eu for contar uma por uma, não vou terminar esse post nem tão cedo.

Mas posso dizer o que eu aprendi com essa experiência. E não foi pouca coisa. Sinto-me outra pessoa, mudado, maduro. Ainda tenho UM LONGO caminho pela frente e estou longe de ser alguém que sabe tudo na vida, mas eu dei um Upgrade excelente em minha saúde psicológica com tudo isso que vivi por aqui. Posso dizer que nunca mais serei o mesmo, em canto nenhum do mundo.

Fiz amigos? fiz sim. Muitos? não. Acho que ninguém faz muitos AMIGOS, pode formar uma turma, uma galera pra sair, se divertir, mas amigos é dificil. Esses são muito especiais. Nunca pensei que fosse estabelecer uma amizade forte aqui na américa do norte, mas isto aconteceu. E sou grato a Deus por isso. É bom quando você vê que não está sozinho, nem abandonado.

Kelly e Cynthia. Casal maravilhoso que conheci numa Igreja Batista daqui. Pessoas que me acolheram quando eu mais precisei, me trataram muito bem, conversaram comigo, se interessaram pela minha pessoa e quiseram estabelecer um vínculo comigo. Uma pena não estarei aqui para celebrar o casamento dos dois, mas com certeza estaremos sempre em contato, inclusive no dia do matrimônio.

Shoto. Japonês, gente muito boa. Conheci na faculdade, amigo de minha companheira de casa, também Japonesa, Chiaki. Super simpático, me ajudou com muita coisa, desde ir ao banco sacar dinheiro, a ir ao restaurante almoçar comida coreana, pagar algumas coisas e me dar carona pra um monte de lugar. Sempre sorrindo, sempre feliz. Arigato, meu amigo.

Moisés. Esse nem preciso falar nada. Só uma coisa o descreve: Limpeza. Moisés é totalmente limpeza. Sempre me ouvindo, disponibilizando o apartamento sem cobrar nada, ajudando sempre que preciso. Mineiro. Sotaque característico e gírias que eu desconhecia. Companheiro de festas e Night Clubs. Humilde, totalmente humilde. Alguém que vale a pena conhecer. Baum véi!

Cagla (Tchála). Simpatia descreve a natureza dela. Também bastante humilde. Adoro conversar com ela, por que ela nunca dispensa uma conversa. Quase não tem sotaque, fala muito bem inglês e emenda sempre um assunto atras do outro. Recentemente descobri que ela gosta de Jazz. Fiquei encantado, não poderia imaginar que ela, saindo com as Shallow Girls la da sala, pudesse ter um gosto musical tão refinado.

Ezel. Bebegim...AMIGA. Nunca vi alguém me dar tanta assistencia. Alguém que me deu todo o apoio que eu precisava. Super carinhosa, outra pessoa que emprestou seu tempo para me ajudar com compras, visitas a lugares maravilhosos de San Diego, e dividiu altas mesas de bar comigo e com a galera, sempre tomando uma boa Stella Artois e fumando seu Pall Mall (infelizmente né? Mas não sei porque, gosto de lembrar dela assim).

Enfim, amigos. Gente que me ajudou, que gosta de mim como eu sou. E como isso é importante. Sinto-me mais leve, como uma pena, porque encontrei pessoas que podem até ter seus julgamentos, mas conseguem vencê-los e, no lugar, colocam um sentimento muito mais nobre: o afeto. Simpatia, amizade, ternura, companheirismo, tudo isso os descrevem. Jamais me esquecerei de vocês.

Adeus, amigos. Alias, adeus p#rra nenhuma. See you later!

Massa demais:
Simply Red - It's Only Love

segunda-feira, 23 de maio de 2011

FORA!



O que acontece quando alguém bota na cabeça que vai aprender alguma coisa? Geralmente ela aprende. Mas como isso é possível? Praticando. A prática, na verdade, é a melhor (senão única) forma de realmente se alcançar algum sucesso naquilo que você deseja ser. Sabe o que é escroto? É que, mesmo sabendo disso, muita gente deixa de fazer e fica vivendo de sonho, procrastinando o que deveria ter começado a anos. Eu sou assim. Assumo toda a culpa.

19 dias para voltar pra casa. San Diego começa a esquentar, e o povo começa a ir à praia, dando início a temporada "outdoor", ou seja, literalmente, "fora da porta" ou ao ar livre. O ano letivo, nas escolas e faculdades, está acabando. E os "Final Papers" terminando de serem feitos. Todo mundo agora vai se divertir, esquecer o mundo e cair na balada, certo? Errado.

Esse post é um desabafo. É um grito para dizer que eu tô de saco cheio. Cansei. Pra onde quer que eu vá, eu me deparo com a mesma coisa entre os jóvens. Uma espécie de ditadura, das piores que já encontrei em toda minha vida. Será que é viagem da minha cabeça? Eu realmente quero que seja, porque se não for, então pela primeira vez em anos eu terei razão. Batizo esta ditadura de FOFO (Faça, ou foda-se).

Consiste no seguinte: Você, jóvem, na altura dos seus 24 anos de idade, é alguém normal como todo mundo, que está vivo e gostaria de experimentar certas coisas na vida, como uma namorada, relações sexuais, uns amigos para conversar, diversão, risadas, tudo que qualquer pessoa gosta. Quer passar na faculdade, obter sucesso no trabalho, ser dedicado, realizar-se. Até aí tudo ótimo, maravilha.

Aí vem as OUTRAS pessoas. Aquelas que sabem tudo, que conhecem as coisas. Sabe? Vem aqueles seus "amigos" que te convidam pras festas, te dão uma chance de se integrar a eles (sim, porque o circulo deles é o mais importante que há em toda face da Terra. Que ninguém se engane, isso também existe nas faculdades e nos locais de trabalho, não só nos colégios secundaristas). E o que você precisa fazer para entrar nesse Grupo A? Simples: seja como eles.

E o que eles fazem? Pois é, eu vou dizer o que eles fazem: eles criticam você da cabeça aos pés; dizem que não gostam de você pelo simples fato de você pertencer ao Nordeste; Determinam um padrão de mulher a ser "pega"; determinam uma quantidade de álcool a ser consumida; fazem brincadeiras sem graça para ver até onde você aguenta "sem estilar"; Gastam às turras o dinheiro que não pertence a eles; Tratam as mulheres pelas costas como se fossem objetos sexuais, fazendo gestos obscenos quando elas vão embora; Fumam tudo que você possa imaginar; Humilham você porque não está bebendo, e quando bebe, humilham por estar bêbado; Humilham muito mais no outro dia contando as merdas que você fez enquanto estava embriagado; Não lhe respeitam, não falam com você, viram a cara, evitam, desprezam e ignoram a sua pessoa.

Isto dito, pergunto: É justo que esse grupo impere? É justo que numa sociedade com tanta diversidade cultural, onde, graças a Deus, cada um é diferente do outro, UM padrão de comportamento venha a ser o mais legal? "Seguinte, você quer pegar as melhores mulheres? As mais gostosas? Quer comer aquela GATA do rabão ali? Tenque ser descolado, cara. Bonitão, rico, malhado, enfim, tenque ser ASSIM." E quanto as mulheres que NÃO tem o rabão, que NÃO são as mais gostosas, que NÃO pertecem ao padrão de beleza que é imposto, mas que ainda assim tem um grau de beleza único, peculiar, que pertence só a ela? Ah, essas são as FEIAS. E quanto a elas, meu amigo, não há muito o que fazer. Melhor que se matem logo.

Os FEIOS, os diferentes, aqueles que não bebem, não fumam e não fazem sexo todos os dias com N mulheres diferentes (ou homens), esses não merecem viver. Afinal, ninguém olha pra eles. Ninguém dá a minima. Se for pra uma festa, será ignorada. Ou então tratada com desprezo, e se quiser fazer parte do "grupo", vai ter que se comportar feito eles. Sabe o que aconteceu sábado passado? Este blogueiro aqui estava num churrasco e resolveu, depois de umas 4 latinhas de cerveja, tomar água para destilar o álcool. Resultado: chacota. ÁGUA? IIIIIIIIIIIIIHHHHHHHHHHH MERMÃO...

Sim, ÁGUA. Por que? Algum problema? Sim meus amigos, muitos problemas. É a sua assinatura de "diferente". De mamão, de fraco. De alguém cujas mulheres JAMAIS terão vontade de ficar, sobretudo aquelas mais gatas das gatas. Aquela TOP, que é cobiçada por todos. E as outras também. Essas são simplesmente impossiveis de qualquer aproximação, isso se você é como eu, diferente. Se você for bonitão, sem vergonha e NORMAL de acordo com o Grupo A, considere-se um cara sexualmente realizado. É questão de SORTE e IMITAÇÃO. 

CHEGA. Estou dando adeus à essa pessoa que quer ter a atenção de todo mundo. Por toda a minha vida, eu quis fazer parte dos considerados do Colégio Apoio. Aquela turma que mangava dos outros. A turma mais legal, a turma do meu primeiro amor de colégio, Renata. Alguém cuja resposta aos meus sentimentos eu nunca vou me esquecer: "Eu hein, Deus me livre!" É, Renata. Deus te livrou. Ou melhor, Deus me livrou. Porque tenho certeza que se eu tivesse qualquer coisa contigo, eu seria mesquinho igual a você e seus amigos. Sim, falo isso 14 anos depois. Dane-se o tempo.

VÃO EMBORA. TODOS OS DEMÔNIOS . FORA DO MEU CORPO, DA MINHA PSIQUE E DA MINHA VIDA. DEIXEM-ME SER EU!!!

Tchau.

Canção da liberdade:
Pat Metheny - Finding and Believing

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Mudou.

Eu não era nascido na época. #BRINKS.


Opa! Chegando por aqui mais uma vez e...sem nada pra falar. São 3:51pm e minha aula começa em 2 horas e 9 minutos. Meus ultimos momentos aqui na UCSD estão menos empolgantes que aqueles que eu vivi no primeiro "quarter". Não sei se porque o ambiente saturou ou se porque estou triste de ter que deixar o lugar. Se bem que esse lugar aqui é difícil de saturar, de tão grande e tão diversificado. Ah, e moderno também. É literalmente uma segunda casa (até um amigo meu dormiu aqui uma noite dessas...).

Estou ouvindo Daft Punk. Vocês já ouviram Daft Punk? É massa. Eu lembro quando eu e Fernanda eramos mais novos e passava uns clipes na MTV Latina desses DJs. Até então só conheciamos duas músicas: One More Time e Aerodynamic. Eram os dois clipes que mais passavam. Dos homenzinhos azuis que eram capturados por uma nave espacial aí...era triste ver eles indo embora, sequestrados. Dava uma pena danada deles. Mas era só um desenho e desenhos não são realmente vivos. Então que se lasquem pra lá.

MTV Latina me lembra quando eu tinha uns 11 anos de idade, e minha irmã...6? Acho que era. O tempo não perdoa ninguém, mesmo. Lá se vão as crianças preciosas dos pais. Eis que chegam os adultos preciosos e reclamões. Estes somos nós, seres humanos. Fazer o quê? Crescemos, mesmo. Não adianta querer parar no tempo. Uma vez vi uma reportagem de um grupo de quarentões que se juntavam num movimento que era meio que "para ser adolescente para sempre". Interessante isso né? Essa vontade de não querer crescer.

Andei passando por isso boa parte da minha vida. Confesso que luto ainda para me aceitar aos 24 anos de idade, sexualmente ativo e com barba na cara. Crescer assusta. E muito. Eu nem quero imaginar como será envelhecer, então. Mas é assim mesmo, todo mundo vai atravessar essa ponte chamada vida. As coisas vão ficar ultrapassadas, os novos vão sempre zombar dos velhos (ok, eu não posso reclamar muito disso, já que estou morando com uma velha, digamos, chata PA CAR#LHO), as musicas novas sempre serão piores que as antigas, e sempre, SEMPRE vai existir o velho jargão "No meu tempo..."

Ah cara. Que nada...eu não quero mais me preocupar com adultez ou velhice. Claro, preciso ser (e serei) alguém responsável, trabalhador, bla bla bla bla bla bla bla...mas não quero ficar pensando "oh, estou envelhecendo" ou "puxa, como a minha irmã cresceu, agora não posso mais chamar ela de Nandinha porque ela é uma moça já, adulta e tá entrando na faculdade e eu não pude aproveitar ela direito quando eramos mais novos por conta de briguinhas e chatices entre irmãos". Ih, acho que falei demais :D

As coisas acontecem assim mesmo. O mundo dá voltas e o amanhã não existe. Portanto hoje é e sempre vai ser o tempo de mudar. Mudanças. Mudanças no corpo, na voz, nos gostos, nas atitudes, nos pensamentos, na pele, nos cabelos, nos amigos, na familia, no cachorro, na casa, no computador, nas crenças, nos hobbies,  na rua, no céu, na praia, nos mapas, na política (difícil, mas muda), na faculdade, na escola, no trabalho, em todo e qualquer lugar. Tudo muda. Então, por que não podemos mudar também?

Nunca é tarde, eu acredito. Eu quero mudar. Não estou satisfeito com meu atual jeito de ser, de fazer as coisas. Nem com minha maneira de aceitar passivamente o que é imposto pra minha vida. Afinal de contas a vida é ou não é minha? Portanto eu é quem devo determinar o que eu quero. As vezes, no intuito de evitar uma discussão, ou um conflito, você concorda com o que alguém impõe, relutando por dentro...muita gente se identifica com isso que escrevi, é ou não? 

Isso talvez não seja nem o certo a se fazer. Porque no fim das contas, você não está sendo honesto nem com a pessoa, nem (e principalmente) consigo mesmo. Resultado: ambos saem perdendo. Talvez por isso o conflito seja algo necessário para se obter paz e/ou felicidade. Será? É. Onde tem duas cabeças, existem dois pensamentos diferentes. E os pensamentos não serão os mesmos, nunca. E como fazer para que as coisas "andem"? É aí que entram duas coisas: Maturidade e Consenso.

Maturidade se adquire com o tempo. Sem ele, fica dificil amadurecer. Pois é nele que a gente experimenta as experiências, leva os tombos, as lapadas, sofre por amor, beija, transa, come, dorme, e o principal: OBSERVA. O poder da observação só é possivel quando a gente cai em si diante do mundo, e pra isso acontecer a gente precisa viver, manter os olhos abertos. Ah, e a mente também. Porque mente fechada não observa nada. Mentira, observa o que não existe.

Nesse momento eu vejo 15 estudantes aqui reunidos nesse hall onde eu estou (contando comigo). De onde vieram e para onde vão? Não faço a menor idéia (se bem que muitos são asiaticos, hehe). O que eu sei é que eles também mudaram, e vão continuar mudando, pra melhor ou pra pior. Nunca mais serão os mesmos que foram hoje, nesse momento. Jamais vão reviver esse instante. Mas certamente levarão mais uma experiência, seja ela qual for. E aí poderão escolher se amadurecem ou não.

Finito!


Eu gosto de ouvir isso aqui:
Daft Punk - Around The World

terça-feira, 10 de maio de 2011

Captei.



O melhor é a cara do mané olhando os dois subindo.


Cadê as idéias? Já era hora de elas começarem a aparecer. Dizem que o pesadelo de qualquer escritor (ou, no pior dos casos, blogueiros) é uma folha em branco. Aí eu me deparo com uma página inteira em branco. É como se ela olhasse pra você dizendo "ótimo, agora se vira aí e escreve alguma coisa, que eu estou com fome de palavras." Calma, já estou começando. Já entrei rasgando, tá vendo aí? :D

Há algum tempo atrás, minha irmã postou no blog dela sobre fotografia. Eu confesso que nunca soube fotografar direito, não. Pra mim, foto consistia basicamente em focalizar alguma coisa e guardar a imagem daquilo e pronto. Eu era assim objetivo com a maioria das coisas. Chegava a ser chato. A galera observava mil coisas num quadro, numa dessas exposições que se tem em museus, galerias de arte, etc. Eu via simplesmente um apanhado de cores numa tela branca, que seja...

Aí eu fui ler o post de Fernanda. E ela começa a desenrolar uma conversa profunda sobre a arte de fotografar. Tudo bem, Nanda. Eu vou te dizer uma coisa: eu não entendia tua língua. Achava fotografia até legal, gente que trabalha com isso, e tal, acho massa, mas eu não via esse barato todo de foto, pra mim era uma coisa normal que sempre existiu pra guardar as coisas na memória. Mal sabia eu que é esse exatamente o barato de se bater fotos. Foi quando eu prestei atenção na foto do menino deitado na rua.

Comprei uma câmera pra mim, essa semana que passou. Nada profissional, daquelas de turista mesmo. Ótima, porém. Deu a doida em mim e eu comecei a tirar foto. De tudo. Das coisas aqui do quarto, principalmente. Pensei comigo mesmo: se as imagens eternizam a sua experiência seja lá onde for, então eu vou guardar tudo que vivi aqui e levar comigo, pra sempre. Acham que eu tô brincando? Pois olha só:








Essas fotos aí eu tirei aqui dentro do meu cafôfo. Essas visões são as que eu tenho todos os dias quando levanto da cama e quando vou dormir. A bagunça na cama eu já arrumei :) mas ela não fica arrumada por muito tempo, não. em 5 minutos volta tudo como tava antes. Mas eu tava falando de foto, né? Bom, como eu estava dizendo, saí tirando foto das coisas. Isso mesmo: COISAS. Eu gosto das coisas, elas nunca reclamam, nem tem vergonha de aparecer para a lente, ao contrário das pessoas.

O que eu gosto (e acredito) na fotografia é algo que tem no filme Ratatouille. O filme diz que qualquer um pode cozinhar. Pois bem, eu acredito que qualquer um pode fotografar. São momentos que você tem o direito de guardar da maneira como você quer. Não é o caso quando se trabalha profissionalmente, onde é preciso fazer a vontade do cliente. Mas fora isso, você é quem determina a qualidade de suas fotos. Eu tiro foto de qualquer coisa. É divertido, vocês deveriam tentar também. :D

Fiz também alguns vídeos. Até agora, quatro. Aqui nos Estados Unidos, o povo é meio paranóico com essa de filmar, fotografar e afins. Fico com vontade de gravar dentro dos supermercados, mas não posso. Segurança? É, deve ser. Talvez seja bom isso, não sei. O país é desenvolvido, né? Não deve ser a tôa que proíbem essas coisas por aqui. Por outro lado, ficou todo mundo meio paranóico depois dos ataques de 10 anos atrás. 

Recentemente, por causa do terremoto no Japão, tiveram dois alertas por aqui: o primeiro seria de tsunami na Califórnia: conversa. O segundo foi de radiação oriunda da explosão da planta nuclear de Fukushima: outra conversa. Por aqui, o povo ficou maluco. Houve quem chorasse por não conseguir comprar pastilha de Iodo para a tireóide. Bom, não rolou o tsunami, e a tal radiação até agora não matou ninguém. Eu agora me preocupo ao tossir, ou espirrar, ou coçar o nariz, porque se eu fizer isso aqui dentro de casa, Rosalind vem com uma dúzia de lenços umedecidos ordenando que eu use no mesmo instante. Do contrário, "os germes impregnarão na casa."

Bom, tudo bem. Menos de um mês e já vou me mudar pro Costa Verde, por 10 dias. Eita...em exatamente um mês, estarei concluíndo meu curso! AÊ!!! Mais uma etapa concluida, mais uma missão completa. Jajá eu começo a ficar nostálgico, com vontade de ficar. Lembram do primeiro post? Pois é, esse fenômeno acontece com todo mundo, e não vai ser diferente comigo, não. Vou ficar tão melancólico quando fiquei quando cheguei aqui, há 7 meses atrás.

É por isso que estou fotografando tudo! Porque eu quero guardar tudo. Ou quase tudo. San Diego é muito grande. Porém é uma cidade na qual vale a pena morar. Só o custo de vida que é salgado, mas nem tudo é perfeito em canto nenhum do mundo. Nem as fotos são perfeitas. Elas só tentam aperfeiçoar o momento, eternizando-o, daquele jeito, naquela forma. Sem tirar nem por. Estou feliz, pois vou poder guardar minhas loucuras em forma de imágens para sempre.

Xêro pra vcs! FUI.

Ouça enquanto lava louça:
Chico Science e Nação Zumbi - Etnia

terça-feira, 3 de maio de 2011

Dez.



Vocês já perceberam o poder que um estalar de dedos tem? Não? Tenho certeza que sim. O seu bichinho sempre atende quando você o chama desse jeito (ou foge, né...feito o gato que mora aqui, que tem medo). Você o faz quando se lembra de alguma coisa importante, quando se marca o tempo numa musica, ou quando simplesmente se quer fazer barulho, por algum motivo. O indicador e o polegar juntos e...TAC.

Pois...ontem eu fiz isso. mas não foi por nenhuma das razões acima. Ontem eu estalei meus dedos porque eu vi que o tempo passou. Já postei aqui sobre tempo, né? Mas vou postar de novo. Não exatamente da mesma maneira. É que ontem aconteceu um feito que ninguém estava esperando que acontecesse. Uma coisa que levou dezenas de milhares de pessoas às ruas de Nova Iorque, Washington, dentre outras cidades americanas. O que aconteceu é óbvio e eu não preciso citar.

Meu propósito aqui é mais uma vez falar sobre o tempo. Quase dez anos. Estalei meu dedo porque parece que foi ontem que eu tava no pátio da minha escola (finado Colégio Neo Planos) esperando pela minha carona, que iria me levar pra casa, quando chega Marília e vem dizendo "estão bombardeando Nova Iorque e, ao que tudo indica, vai começar a Terceira Guerra Mundial." Lembro até da minha reação na hora: HEIN???

Aí ontem, eu, na paz de meu quarto, estressado com os trabalhos e afazeres da faculdade (acho que as faculdades do mundo inteiro trabalham juntas para aterrorizar os alunos com atividades não difíceis, nem impossiveis, mas CHATAS. Ô chatice que são certos trabalhos, viu!) quando meu primo abre a janela do MSN dizendo: OSAMA MORREU!!!

Incrível. Dos 14 aos 24 anos, mil coisas me aconteceram: sorri, chorei, dormi, beijei, namorei, conheci, briguei, discuti, acordei, passei, reprovei, comemorei, gritei, dancei, parei, andei, corri, emagreci, engordei, emagreci, engordei, emagreci, engordei, engordei mais, emagreci, e engordei de novo. Em TODO esse hiato de nossas vidas, os Estados Unidos estavam caçando o maior inimigo de sua história. A caça terminou ontem. Osama Bin Laden foi morto com um tiro na cabeça, e o seu corpo foi tomado sob custódia do país.

Sabem por que eu estalei os dedos? Porque passou. Essas coisas me assustam de verdade. Dez anos. Tomados pelo tempo e levados pelo vento. Bilhões de dólares gastos em arsenal militar. E, ontem, eu pude ver que não importa o que aconteça, para onde a humanidade caminhe, se for a pé, de carro, de avião (desculpa, gente, não resisti...), de moto. Não importa: o tempo vai vir e fazer tudo evaporar. Osama evaporou. E, infelizmente, mais de 3.000 civis também evaporaram, no dia 11 de Setembro de 2001.

Tudo é passageiro. Até os terroristas. Hitler passou, Mussolini passou, Sadam passou, Stalin passou, Mao Tse Tung passou, Pinochet passou...o filho do Gadaffi também passou, e ele não vai demorar a passar também. Pessoas que fizeram um mal terrível pra humanidade. Gente ruim. Indivíduos cujos pensamentos, tão insanos, paranóicos e gigantescos, não cabiam só na mente delas mesmas e, infelizmente, saíram dessas mentes para as de outras pessoas loucas. 

O mesmo com o falecido de ontem a noite. Um louco, lunático, paranóico. Dizimador de vidas. Eu não tenho adjetivos suficientes pra falar dele. Nem quero ter. Detesto ter que celebrar a morte de alguém. Detesto a morte. Entretanto, tenho plena certeza que esse sujeito teve o que mereceu. Era questão de honra para os Estados Unidos (e para o mundo) caçá-lo e, bem...matá-lo. Odeio ter que admitir isso, mas era o que todos estavam esperando que acontecesse.

Aí está. Osama Bin Laden passou. Faz parte do passado, da história. O que se espera agora é que a serpente Al Qaeda, sem a sua cabeça, se desmantele de vez. E o tempo vai continuar passando, mais coisas irão acontecer, mais gente vai morrer, assim como mais gente vai nascer. Mais loucos vão surgir, mais caçadas serão iniciadas, e o pior: mais civis pagarão o pato.

Quanto a nós? Bom, eu sugiro que a gente continue vivendo. Não dá pra prever o futuro, nem adianta se culpar pelo passado. As pessoas que morreram no 11 de Setembro acordaram na certeza de que teriam mais um dia de trabalho. Não poderiam prever absolutamente nada. Não puderam sofrer por antecipação. Assim como nós, de hoje, também não podemos. Portanto, eu digo: acorde, tome seu banho, tome seu café e vá trabalhar sossegado, pois o futuro não lhe pertence.



Até logo.

Musiquinha tudo-a-ver:
Lula Queiroga - Ultimo Minuto

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Capital.


Eu vou postar hoje no meu quarto, mesmo. Tô deitado na cama, ouvindo Arnaldo Antunes falando "mão, pé, perna, braço, pneu, carro, umbigo, ande sem camisa" e bagunçando a mente pra ver se há alguma idéia que valha a pena escrever sobre. Confesso que a cabeça hoje tá vazia, pois desliguei o cérebro esse fim de semana, totalmente. Por uma excelente causa.

LOS ANGELES! Hollywood. Jamais pensei que fosse parar ali um dia na minha vida. Maravilhoso. Fantástico. Confesso, não deu pra ver a cidade da maneira como eu gostaria. Mas mesmo assim, valeu muito a pena. Nada com um fim de semana junto de amigos num lugar fantástico como aquele. Nos concentramos em dois lugares em especial: Universal Studios e Disneyland. Parques, parques, PARQUES! 10 anos se passaram desde que eu fui na Disney World, na Florida. No momento em que entrei nos brinquedos, nos dois parques, ocorreu-me um fenômeno chamado Memória Olfativa.

O cheiro daquilo ali. Literalmente, o cheiro do brinquedo, me leva de volta pra 2001 quando eu tinha 14 anos e senti a magia desses parques pela primeira vez. Não tem como explicar. É um lugar onde você esquece todos os seus problemas, todas as decisões que ainda precisa tomar, praticamente toda sua identidade, e entra num mundo onde os efeitos especiais e os cenários brincam com sua mente. Meu amigo se mijava de rir do meu lado, dizendo "Você é mais frouxo do que eu desviando das coisas em 3D no cinema." Mal sabia ele que eu estava gostando e querendo ser frouxo, naquele momento.

Fui em tudo. Montanhas Russas, foguetes, incontáveis cinemas 3D, Space Mountain, Toy Story, etc. O que mais me marcou, no entando, não foram tanto os brinquedos. Claro, eles foram toda a diversão, toda a razão pela qual eu estava ali naquele lugar. Mas uma coisa em especial me cativou, como nunca antes: na Universal, eu estive, literalmente, nos cenários de filmes como Todo-Poderoso e (inacreditável) De Volta Para o Futuro. EU VI O DELOREAN...O original, o que Michael J. Fox e Christopher Lambert dirigiram no filme. Eu mal podia acreditar no que estava acontecendo...

A essa altura eu já escuto os comentários de vocês, alias, O comentário: CADÊ AS FOTOS? Calma, elas já vem. Sabe como é, quando a câmera é dos outros, você precisa ter paciência. A preguiça é burocrática pra todo mundo, e pra passar por ela é uma novela. Mas passa. E aí eu mostro tudo. Sem trocadilhos, por favor.  :) obrigado. Inesquecível, outra palavra não tenho pra descrever o que aconteceu nesse fim de semana.

Tá bom, o que é que esse papo todo tem a ver com o título do post? Capital? E por que o dinheiro formando um coração ali em cima? O negócio é que eu quis aproveitar o que aconteceu esse fim de semana e trazer algo pra mesa. Tá, tudo foi muito bom, muito magico, encantador...mas me custou mais de 150 dólares. Isso mesmo. Teve um preço, e o preço foi alto pra cacete.

Dinheiro compra felicidade? Sim ou não? Eu fui feliz nesses 2 dias. E muito, posso dizer. Só que, ontem, no fim do expediente no parque, teve uma queima de fogos, e um espetáculo maravilhoso chamado World of Color (Mundo das Cores), no qual se tem uma espécie de dança das águas com efeitos de cores, e uma musica de encher os ouvidos e fazer chorar. Eu quase chorei. Fiquei preso à magnitude daquele acontecimento artificial.

A grande questão é: Se isso me fez feliz, e fez tantas outras pessoas felizes também, por aquele momento da noite, então a felicidade tem, de fato, um preço? Porque a Disney trabalha com a emoção, e investe MUITO pesado nisso. Ouso dizer que a estratégia da Igreja Universal é muito parecida. Isso porque ambas as empresas puxam o cliente da seguinte forma: prometendo alegria, maravilhando-os com espetáculos audiovisuais, arrancando lagrimas e fazendo novos devotos todos os dias. O principal: ganham FORTUNAS com essa estratégia.

Não sou contra o marketing da emoção. Acho ótimo conquistar fiéis à marca e fazer com que eles se sintam identificados com essa ou aquela companhia. Sendo que, para tudo na vida, existe moderação, equilíbrio, balanço. Algo que eu testemunhei ontem na Disney (em meio ao absurdo das cores indo prum lado e pro outro por entre as águas) foi o exagero em se falar de um mundo mágico, um reino da fantasia, como se ali fosse a terra prometida, o oásis do imaginário, um lugar onde "os sonhos se tornam realidade", como diz o slogan do parque.

Bronca é saber que os sonhos de felicidade e alegria interminável tem um preço, de acordo com os parques. Significa então que pessoas ao redor do mundo jamais serão felizes, pois não podem pagar por isso, e nem nunca poderão. Políticos ladrões e mercenários os mais diversos poderão sim ser felizes, e comprar seus "passaportes da alegria" quando quiserem. E a lógica é muito simples: sempre terão os recursos necessários pra isso. Dinheiro, ué. É só pagar 250 dólares no passaporte anual e pronto: sua felicidade e alegria eterna já estão garantidas.

Passa-me pela cabeça se a gente não inverteu os valores um pouquinho. :) É, só um pouco. Talvez felicidade não seja, portanto, estar perto de quem se ama, ou abraçar o seu cachorrinho quando ele vem correndo te receber na porta. Ou então, felicidade não é jamais aquele sábado onde você senta com seu pai na varanda pra tomar uma cerveja e conversar sobre coisas sem sentido. Muito menos ainda quando você almoça ao Meio-Dia, junto da família, com a televisão passando Jornal Hoje no fundo da cozinha. Não, amigos. Isso não é felicidade. Felicidade custa caro. E se você quiser tê-la, vai ter que enriquecer.

11:21pm. Vou tomar banho e comer. Até mais ver :) (rimou, eu sei. Foi sem querer...)

Pra ouvir enquanto faz xixi (rimou de novo...):
Arnaldo Antunes - Essa Mulher

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Terrinha.


Hoje eu tô nostálgico. Fui inventar de baixar o CD de Lula Queiroga (Aboiando a Vaca Mecânica) e só tenho uma coisa a dizer: por que...por que a Posição da Rã, a Novinha, e tantas outras porcarias existem e explodem pelo nosso estado, ganhando muito mais popularidade do que os músicos de verdade? Será que a gente é programado pra gostar de merda? 

PERNAMBUCO. Esse nome me dá orgulho. Pronunciar esse nome é como encher meu coração de felicidade. É a minha identidade, o meu crachá. Povo lutador, gente que debaixo de tanta lapada, de tanto mandacarú e palma no estômago, guarda algum bocado de alegria no coração pra cantar um abôio, pra fazer um cordel, pra catar carangueijo no mangue, fazendo a vida com o mínimo de dignidade.

Tenho orgulho de mim, do meu sotaque, da minha cultura. Aqui em San Diego, a maioria dos brasileiros são de São Paulo. Gosto quando tiram onda comigo. Sem brincadeira, eu gosto mesmo. Isso me lembra que a gente tá em evidência, não somos gente esquecida, deixada pra trás. A despeito do preconceito ainda existente da parte de xenófobos (leia-se acéfalos), Pernambuco é lindo. Sua história, seu passado, seu presente e seu futuro, tudo isso me apaixona.

Eu tô assim meloso por causa de Lula. A culpa é dele. Quem mandou ser bom nas composições e nas melodias? Ouvir a musica dele me lembra o carnaval do Recife, no Marco-Zero, no domingo. Todos os meus sentidos me transportam para os momentos nos quais passei ali naquele lugar. O cheiro de fritura no ar, o frio da brisa que vem do mar, a vista do pau de Brennand (é, é um pau mesmo, fazer o quê?) e outras coisas que só se vêem nessa Veneza Brasileira (Ou será que Veneza é o Recife Italiano?).

A menos de dois meses de voltar pra casa, faço da UCSD meu abrigo intelectual. Nesse momento, estou no Price Center da universidade, olhando para um letreiro onde se passam as notícias principais do dia. Nele eu vejo algumas palavras: Libya, OPEC, Qatar, rebeldes, e também uma notícia falando dos Estados Unidos como merecedor de um conceito A dado por algum órgão aí, a respeito de sua economia (?). Nossa cara eu preciso levar as notícias mais a sério...


UCSD Price Center


Se Pernambuco pudesse ter estrutura para abrigar uma universidade desse porte, seria perfeito (Galera a UFPE é fichinha perto desse lugar, na moral). Eu sou simplesmente apaixonado por esse espaço. Sempre tem um evento ou outro acontecendo aí, fazendo com que a galera se junte pra ver o que tá rolando. As vezes é evento de igreja, as vezes é eleição de representantes de curso, tem até umas sessões de cinema de vez em quando. É do que mais vou sentir falta quando voltar pra casa. Por isso que tou literalmente aí (digo, aqui), fazendo o post da semana nesse lugar.

Eu acredito no meu estado. Eu acredito nos empreendedores que temos, nos novos negócios que estão sendo criados, e tenho certeza que podemos transformar a realidade de Pernambuco. O Brasil faz parte do BRIC (Brasil, Russia, Índia e China) e, segundo fontes diversas, esses quatro países se destacaram no mundo pelo rápido crescimento de suas economias, que continuam em desenvolvimento. Guess What? Pernambuco faz parte do Brasil. Simples assim. Chega a ser ridículo de tão óbvio, mas é óbvio. E, se é óbvio, é real.

Nem preciso falar da nossa cultura né? Nem tenho pra quê gastar tempo falando disso. Sua qualidade é tão óbvia quando a afirmação que fiz no parágrafo acima. E não é só de hoje. Foi de ontem, e será também de amanhã. Quer uma prova? Passe os quatro dias de Carnaval em Recife. De manhã, em Olinda; de noite, no Recife Antigo. Se você voltar o mesmo pra sua cidade natal, eu lhe pago...uma pipoca. Doce. Com Leite Moça e mel. Larga. E uma Coca.

Preste atenção nos polos, nos shows, nos artistas, nos blocos, nas pessoas, na cultura, na alegria, no som que sai do palco direto pras suas entranhas. Feche os olhos e sinta a Nação Zumbi fazer do seu ouvido tambor de Maracatú. Ou deixe que os blocos levem você embora no ritmo do Frevo (impossível de resistir). Ou compre um espetinho em qualquer um dos carrinhos que ficam passeando pelo local, acompanhado de uma cerveja latão de isopor. (Na minha época, LATÃO É DÔI!)

O que quer que você faça, vai ficar pra sempre na sua memória. Posso garantir isso. A despeito de todos os problemas que já se conhecem, que já se discutem (os quais eu não vou falar aqui, não hoje), Recife tem muito do que se orgulhar. Pernambuco tem sim muito que mostrar. E, creio eu, será sempre uma ótima alternativa de investimento para qualquer pessoa, em muitas áreas. Eis aí portanto a minha cultura, o meu sotaque, a minha identidade!

Um XÊRO!!!

Sugestão Musicalis:
Chico Science e Nação Zumbi - Coco Dub (Afrociberdelia)

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Passa.



Que cabecinha, hein? É incrível, a gente nem quer, mas a mente ja pensa besteira. Não somos nós quem fazemos o trabalho, é a cabeça sozinha. Essas tirinhas desses bonequinhos são bem sugestivas. Tinha as do Dr. Pepper também, mas eu não botei aqui porque...bem, porque eu não quis.

Semana complicada essa que passou hein? Não tem como não comentar do que aconteceu sexta-feira, no Rio. Não vou gastar o post falando disso (pelo menos eu não pretendo fazer isso, já que se tem gente suficiente blogando sobre isso por aí, e também porquê só se fala disso no Brasil inteiro). Contudo, deixo também aqui, sem nenhuma modinha, a minha indignação. 

Complicado. Não se sabe o que fazer mais. Minha irmã postou no blog dela, semana passada, sobre estar difícil. Também não vou reproduzir aqui o post dela, que já está feito (jura, Sevandija?) e quem quiser pode conferir clicando aqui. O que tenho a dizer sobre isso é o que disse há um tempo atrás, na ocasião da morte de Eloah, em 2008: Infelizmente, coisas do tipo vão continuar acontecendo, mais gente doida vai sair matando e mais inocente, pagando. É a verdade, nua e crua. Deus nos proteja de nós mesmos.

Fica difícil escrever quando você entra num assunto tão sério. Difícil porque você quer soltar sua criatividade,  mas precisa tomar cuidado com o que vai escrever. Eu não entendo a dor das famílias que perderam suas crianças, porque eu não tenho criança nenhuma. Pretendo ter filhos um dia. Aí sim eu vou poder imaginar como seria pra mim perdê-los. Não é das coisas mais agradáveis, mas é inevitável. Só posso dizer que imagino ser insuportável.

Dane-se. Já engatei no assunto e vou com ele agora. Sem modinha nenhuma, sem querer chamar atenção. É só porque quanto mais você vai falando, mais dá vontade de falar. São idéias, né? Elas vem junto com a musica (que aliás eu recomendo: Dave Matthews Band). Daí, não sei parar mais. Agradeço a compreensão :) Mas enfim...triste. Isso me define nesses ultimos dias. Calma, minha gente. Não tou triste de me desiludir da vida também. É triste compartilhando a dor que todos estão dividindo.

Eu adoro o Rio. Estive lá três vezes. A alegria daquela cidade me contagia toda vez que vou lá. Desde o sotaque (que é irritante pra muita gente, mas é lindo pra mim) até às praias, e montanhas vistas de longe e de perto. Não tem graça nenhuma aqueles morros lá tomados por traficantes e seus comandos. Menos graça tem o modo de eles terem sido criados, e a cultura marginal na qual eles nasceram. Muito menos engraçado é o fato do país ter sim condição de mudar essa história, mas preferir encher o rabo do dólar que era pra ser destinado à esses lugares e/ou construção de lugares melhores, segurança melhor, educação melhor. Mas esse discurso é velho e ineficiente.

O que seria eficiente? Não sei. Os políticos devem saber. Ou melhor, sabem. Eles sabem. O atirador fanático é filha da puta? Sem duvida que é. Ou era. Não se conhece a história dele por inteiro, entretanto. Ele deixou uma carta escrota e conseguiu parte do que queria: executar gente inocente (em todos os sentidos dessa palavra), se matar e chamar atenção. As outras exigências já ficaram mais difíceis, né? Tanto que será enterrado como indigente.

Isso não vai mudar a estrutura social do Brasil. Nenhum blog, nenhum noticiário, nada, absolutamente nada, vai fazer com que as coisas mudem com relação à violência, fanatismo religioso, segurança. Tudo porque não temos um poder de decisão forte. Talvez essa palavra, decisão, seja a palavra-chave para o crescimento de qualquer nação. Ou então é viagem minha, que seja. Uma grande decisão que tomamos foi a Lei Seca. É chata? É. Todo mundo gosta de sair pra beber dirigindo o próprio veículo. Mas ela tem sim um fundamento. E foi muito bem decidida.


Alguma dúvida?


Cadê esse poder de decisão pras outras áreas, como a educação, por exemplo? Não existe. Posso dizer que não vai existir nunca. Não se depender do Papai Estado. Como também não vai existir a decisão de ter-se tolerância zero contra a corrupção. O dinheiro (que pertencia ao trabalhador) vai sempre falar mais alto. Haverá renúncias antes da cassação, e todo mundo vai sair bem e livre mais uma vez. Ah, e rico, muito rico. "Foda-se o congresso. Já fiz minha vida mesmo. Agora é só limpar o rabo com dinheiro."

Cedi ao sério hoje. :) Por uma boa causa. É meu manifesto. Também posso, né mesmo? Corre sangue nas minhas veias e não é de barata (Felipão, licença de usar essa frase, tá?). Cada vez mais gosto da idéia de ter um blog. Quem não tem, comece a ter. É massa. Eu gosto desse aqui. Talvez faça mais, não sei. Por enquanto, tá de bom tamanho um semanal. Pra não dizer que não ri, deixo vocês com isto aqui:



Beijo do gordo! UÔU!

Sugestão Musical:
Dave Matthews Band - Satellite

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Remanso?



Pois...já ouvi dizer-se em falar pelas costas. Olhar pelas costas (nuca, eu sei...colabora, na moral.) é a primeira vez. Não sei se seria lá muito proveitoso ter esse par de olhos aí atrás. Porra, imagina o cabelo na frente, a escova passando e enganchando, a galera metendo o dedo? Não. Esse cara aí sendo o único da espécie tá bom demais.

Mais uma segunda-feira, pessoas. Tranquila, confesso. Não sou uma pessoa muito boa para se acordar pela manhã, entretanto. É um saco. Simplesmente isso. Sendo a cama a melhor amiga do seu corpo durante o sono, o despertador, ciumento possessivo, arma um barraco logo de manhã, lembrando que essa amizade não tem lá muito futuro. Afinal, deitado raramente você produz alguma coisa que não seja baba, gases e sujeira de cabelo, olho e nariz.

Não tô em casa. Tô no quinto andar da Geisel Library, aqui na faculdade. O prédio, na minha opnião, é um orgasmo para muitos arquitetos. Formato de árvore, todo envidraçado. A vista aqui de cima é simplesmente fantástica. Verde, pátio, prédios, verde, gente, carros, horizonte, verde, postes, mosaco de cobra gigante que fizeram la embaixo, verde, pontezinha...eu já mencionei verde?

É o tipo do lugar onde você vem buscar inspiração pra escrever um...blog? É, né? Há umas semanas eu estava frenético. Hoje eu tô, hum...calminho. Incrível isso, porque toda minha vida só me chamaram de calmo. "Esse menino é muito calminho, né? Ô rapaz, eu gosto tanto dele!" Gente, eu não sou calmo, eu sou tímido. Há uma diferença gigante entre ser calmo e ser tímido. O calmo é passivo...

(Clique aqui se você pensou merda.)

E na base da calma (ou da timidez, que seja) eu vou atualizando isto aqui. Gosto de manter o rítmo porque me estimula a criar. Criar, alias é o que falta em muitos lugares, mesmo na mente da gente que vive numa era cheia de coisas prontas e automáticas. No exato momento em que escrevo essa frase, aparece uma gaivota no parapeito da janela. Quantas idéias uma mente pode ter simplesmente ao olhar para algo assim? 

Na minha cabeça, mil coisas aparecem ao mesmo tempo: vida, pena, cocô, asas, cocô, ave, procurando comida, vôo, cocô, ninho, rasante, liberdade, cocô. Vai dizer que você nunca foi atingido por uma bazuca anal? (Salve Mamonas...) Pois eu já. No dado momento, você passa por alguns estágios: primeiro, sente a coisa na cabeça e torce pra que seja água; segundo, leva a mão no lugar atingido e toca (e se arrepende depois porque o cheiro que fica no dedo é desgraçado); terceiro, bate o olho na merda. É uma delícia, gente.

Ta vendo? A cabeça é uma coisa maravilhosa, tanto pra levar cocô quanto pra criar coisas. Nunca despreze a sua, pois pra alguma coisa ela vai servir :). A minha serve pra escrever merda num blog pior ainda. E sabe do que eu me orgulho? É que você ainda gasta tempo lendo isso! LOL...Se bem que, deixando a modéstia de lado, eu prefiro muito mais postar pra vocês do que gastar minha vida com BBB, Faustão e Galvão Bueno. Aqui é menos deprimente. Bem menos.

Falando em depressão, essa semana eu tive preguiça de ficar contente. O espelho ajuda você a lembrar que o corpo geralmente pensa que se dá muito bem com a gordura. Ué, claro gente, senão ele não guardaria tanto dela pra si mesmo. Aí a gente fica triste né? Porque quer. Eu quis. A tristeza as vezes parece mais confortável que a alegria, porque os esforços que se fazem pra ficar contente são muitos. Aí dá preguiça de se esforçar. Conclusão: preguiça traz tristeza, e tristeza dá preguiça.




Acho que as formigas não são infelizes nunca, então, embora tenham razões de sobra pra isso. Pensa comigo: elas são pequenas, feias, tem seis patas, facil de matar, facil de coletar, é alvo constante de chutões, petelecos, pisadas e outras coisas. Mas apesar de tudo, devem ser as criaturas mais felizes da terra. E porque? Simples: elas não param. Literalmente. Nunca. Todo sucesso de suas magnificas e absurdas construções são fruto de um trabalho incessante de equipe. E diferente de nós, não precisam de líder. 

Termino, com esse papo de formiga, dizendo que tenho muito que aprender com o insignificante. O pequeno mesmo, aquilo que passa e nem se vê direito. Um pedaço de cimento no chão, aquela sandália toda f#dida jogada no canto do quarto que você nem usa mais, o cheiro das axilas no fim do dia. Tudo pode trazer algo à superfície do seu imaginário. Explore. Eu o farei. Já tô fazendo. E me assustando.

4:30pm. Vou ali comprar meu iPod. Uma semana cheia de cocôs de passarinho pra todos.

Sugestão Musical:
Jennifer Lopez - On The Floor (ft. Pitbull)

terça-feira, 29 de março de 2011

Transparente.




Fico a pensar no momento em que o (a) jóvem em questão decidiu que dividiria a língua em duas. Do ponto de vista artístico, achei excelente. As interpretações são as mais diversas, na cabeça de psicólogos, psiquiatras, filósofos, e afins. Porra nenhuma. Ele deve ter pensado em pegar geral...nascia o beijo pata-de-carangueijo.

Na boa? Tô morrendo de sono. Isso porque dormi apenas 3 horas de ontem pra hoje. Sabe como é...semana sem aula. Aí você dá valor à sua cama! Ô lugarzinho bom de se passar a vida, hein? Pois é. Deitado...deitado...deitado...e deitado. Resultado: dorme de madrugada, acorda de meio-dia. Aí ontem eu fui dormir de 10 da noite. Dormir? AAAh meu amor...foi ruim, viu? 

Vira prum lado, vira pro outro. Fecha o olho. Abre o olho. Pensa merda, fica aceso. Xixi. Volta pra cama. Pensa mais merda. Gira pra la, pra cá. Xixi de novo. Água. Fome. Barra de Cereal. Mais água. Deita. Outra mijada (não, eu não tenho bexiga baixa). Olha pro relógio. 3:00am. Merda...ZZZzzzZZZzzzZZZzzZZZ.

Finalmente durmo. Pra acordar 3 horas depois, assustado com a voz do meu celular dizendo "It's time to get up!" Eu me assusto tremendamente com vozes, com barulho, com celulares que falam...não sei porquê, me lembram o Plantão da Globo. Sabe a musica do plantão? Você tem medo dela? Eu tenho pânico. Pavor. Quando eu escuto, é certo: alguém morreu. É ou não é?



Se você lembrou dos Mamonas, comente e diga "CARAI!"


Meu coração dispara com essa merda dessa vinheta. Sério, dá taquicardia. Fico pensando em todas as desgraças e catástrofes possiveis de acontecer. É engraçado quando dá o plantão, e a gente fica na expectativa de alguma coisa grave ter acontecido, aí você ouve Fátima Bernardes dizer "Chega ao fim a CPI do..." Aí o Brasil todo em coro, aliviado: Ahhhhhhhhhhhh!!!

Pior mesmo é quando você tá vendo um desenho na Globo (tá legal, eu fui criança até os...23 anos? Adoro desenho. Desenho é fantástico, e se você falar mal dele, não sou mais seu amigo.) Aí no meio do desenho dá essa merda. Depois, quando termina, ai volta o desenho, rebobinado uns 12 segundos. LOL. É sempre assim, gente :D 

Meu amigo disse que os posts são longos. Não quero cansar ninguém com isso aqui. Aliás...eu quero sim. Me cansaram a vida inteira com um monte de aula expositiva na escola, na faculdade, até aqui em San Diego. Então pronto, aguenta aí e termina de ler :D Leitura é chato mesmo, né? Eu sei. Não sou dos melhores leitores não. Uma vez uma amiga com seus 25 anos me revelou que leu mais de 5.000 livros, até onde parou de contar. Verdade? Sei não. O que eu sei é que ela é muito chata, hoje em dia.

Amigos...e amigas. Eu gosto deles. Tenho alguns. Recentemente descobri a amizade de muita gente boa por aqui. Sobretudo japoneses. Nunca vi gente tão simpatica. Sério...Todos os japoneses que conheci aqui, sem excessão, conversam comigo sorrindo. Impressionante. Nada abala a postura firme deles, a cortesia, nem mesmo o estrago que se fez por lá no Japão. Esses são amigos que vou guardar pra sempre no coração.

Descobri a amizade de pessoas especiais também da minha cidade, enquanto ficava no MSN, Facebook e Twitter (eu estudo, gente, juro). É massa ter gente que gosta de você, né? Tão simples. O povo gosta de complicar o simples. Pra quê, minha gente? Seu amigo (amigo...) vai tirar onda com a sua cara, por alguma merda que você disse ou fez. Vai rir, rachar o bico. Mas a intenção dele não é nem de longe machucar. Bom, as vezes parece ser, só que, na real, ele quer ver você rindo.

Duas amigas essa semana me deram a sugestão de falar sobre amizade. Amizade, pra mim, tem a ver com transparência. Acho que nudez também. É, nudez. Tem amigo que fica literalmente nu na frente do outro (ou outra, vai saber esse povo como é...) sem bronca. E tem gente cuja mente fica nua, na frente do outro. Essa nudez é bem mais séria. Tamanha exposição merece respeito. :)

Tomem:

Eu sei, tá em inglês. Olhem as expressões faciais e o problema está resolvido.

FUI!

Sugestão Musical:
Black Eyed Peas - XOXOXO