segunda-feira, 4 de abril de 2011

Remanso?



Pois...já ouvi dizer-se em falar pelas costas. Olhar pelas costas (nuca, eu sei...colabora, na moral.) é a primeira vez. Não sei se seria lá muito proveitoso ter esse par de olhos aí atrás. Porra, imagina o cabelo na frente, a escova passando e enganchando, a galera metendo o dedo? Não. Esse cara aí sendo o único da espécie tá bom demais.

Mais uma segunda-feira, pessoas. Tranquila, confesso. Não sou uma pessoa muito boa para se acordar pela manhã, entretanto. É um saco. Simplesmente isso. Sendo a cama a melhor amiga do seu corpo durante o sono, o despertador, ciumento possessivo, arma um barraco logo de manhã, lembrando que essa amizade não tem lá muito futuro. Afinal, deitado raramente você produz alguma coisa que não seja baba, gases e sujeira de cabelo, olho e nariz.

Não tô em casa. Tô no quinto andar da Geisel Library, aqui na faculdade. O prédio, na minha opnião, é um orgasmo para muitos arquitetos. Formato de árvore, todo envidraçado. A vista aqui de cima é simplesmente fantástica. Verde, pátio, prédios, verde, gente, carros, horizonte, verde, postes, mosaco de cobra gigante que fizeram la embaixo, verde, pontezinha...eu já mencionei verde?

É o tipo do lugar onde você vem buscar inspiração pra escrever um...blog? É, né? Há umas semanas eu estava frenético. Hoje eu tô, hum...calminho. Incrível isso, porque toda minha vida só me chamaram de calmo. "Esse menino é muito calminho, né? Ô rapaz, eu gosto tanto dele!" Gente, eu não sou calmo, eu sou tímido. Há uma diferença gigante entre ser calmo e ser tímido. O calmo é passivo...

(Clique aqui se você pensou merda.)

E na base da calma (ou da timidez, que seja) eu vou atualizando isto aqui. Gosto de manter o rítmo porque me estimula a criar. Criar, alias é o que falta em muitos lugares, mesmo na mente da gente que vive numa era cheia de coisas prontas e automáticas. No exato momento em que escrevo essa frase, aparece uma gaivota no parapeito da janela. Quantas idéias uma mente pode ter simplesmente ao olhar para algo assim? 

Na minha cabeça, mil coisas aparecem ao mesmo tempo: vida, pena, cocô, asas, cocô, ave, procurando comida, vôo, cocô, ninho, rasante, liberdade, cocô. Vai dizer que você nunca foi atingido por uma bazuca anal? (Salve Mamonas...) Pois eu já. No dado momento, você passa por alguns estágios: primeiro, sente a coisa na cabeça e torce pra que seja água; segundo, leva a mão no lugar atingido e toca (e se arrepende depois porque o cheiro que fica no dedo é desgraçado); terceiro, bate o olho na merda. É uma delícia, gente.

Ta vendo? A cabeça é uma coisa maravilhosa, tanto pra levar cocô quanto pra criar coisas. Nunca despreze a sua, pois pra alguma coisa ela vai servir :). A minha serve pra escrever merda num blog pior ainda. E sabe do que eu me orgulho? É que você ainda gasta tempo lendo isso! LOL...Se bem que, deixando a modéstia de lado, eu prefiro muito mais postar pra vocês do que gastar minha vida com BBB, Faustão e Galvão Bueno. Aqui é menos deprimente. Bem menos.

Falando em depressão, essa semana eu tive preguiça de ficar contente. O espelho ajuda você a lembrar que o corpo geralmente pensa que se dá muito bem com a gordura. Ué, claro gente, senão ele não guardaria tanto dela pra si mesmo. Aí a gente fica triste né? Porque quer. Eu quis. A tristeza as vezes parece mais confortável que a alegria, porque os esforços que se fazem pra ficar contente são muitos. Aí dá preguiça de se esforçar. Conclusão: preguiça traz tristeza, e tristeza dá preguiça.




Acho que as formigas não são infelizes nunca, então, embora tenham razões de sobra pra isso. Pensa comigo: elas são pequenas, feias, tem seis patas, facil de matar, facil de coletar, é alvo constante de chutões, petelecos, pisadas e outras coisas. Mas apesar de tudo, devem ser as criaturas mais felizes da terra. E porque? Simples: elas não param. Literalmente. Nunca. Todo sucesso de suas magnificas e absurdas construções são fruto de um trabalho incessante de equipe. E diferente de nós, não precisam de líder. 

Termino, com esse papo de formiga, dizendo que tenho muito que aprender com o insignificante. O pequeno mesmo, aquilo que passa e nem se vê direito. Um pedaço de cimento no chão, aquela sandália toda f#dida jogada no canto do quarto que você nem usa mais, o cheiro das axilas no fim do dia. Tudo pode trazer algo à superfície do seu imaginário. Explore. Eu o farei. Já tô fazendo. E me assustando.

4:30pm. Vou ali comprar meu iPod. Uma semana cheia de cocôs de passarinho pra todos.

Sugestão Musical:
Jennifer Lopez - On The Floor (ft. Pitbull)

Um comentário:

  1. Só tenho UMA coisa a dizer: Você tem algo contra alguém com olho na nuca? Because, if you have it, we got a little situation here... ¬¬ haha. Te amo!

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