terça-feira, 10 de abril de 2012

Convalescente.

É um saco ficar doente. Ficar doente em feriado, então, nem se fala. Logo na páscoa? Puxa, bem que a natureza poderia ter esperado mais um pouco, né? Mas não teve jeito. Tanta comida, bebida e chocolate tinha que resultar em algo ruim. E foi nisso mesmo que deu. Não, engano meu. Não deu em nada ruim. Deu em algo péssimo, terrível, absurdo.

Páscoa ruim, essa que eu tive. Minto de novo, nenhuma páscoa é ruim, pelo que ela realmente significa. Mas, neste caso particular, estou me referindo ao período recente, neste ano de 2012. Passei muito mal. Tive dor de estômago, infecção intestinal, diarréia, vômito, e outras nojeiras. Além de febre, frio e dor de cabeça. Para não citar dores em outras partes do corpo, como pernas e braços.

Suspeitou-se de dengue. Mas já tivemos casos de dengue em minha casa, e saberíamos identificar se realmente fosse. Mas não era. Foi castigo, mesmo. Um bom corretivo para minha pessoa aprender que a glutonaria não leva a nada. Ou você acha que camarão ao alho e óleo, carne de cordeiro, carne bovina, lingüiça toscana de porco e frango, carne de frango, cerveja e chocolate, quando misturados, fazem bem?

Não fazem. Pelo menos não me fizeram. Me arrearam, isso sim. Fiquei o domingo e a segunda inteiros de cama. Sem nada fazer, sem produzir, sem pensar, sem planejar. Ainda estou mal. Sobrou, como lembrança, gases provenientes da diarréia que tive. Ainda preciso dar fim ao que restou. É, é nojento sim. O que é que tem? Estou sem paciência...

Nem sei de onde arranjei forças para postar hoje. Mas eu já sabia que estava endividado pelo fato de não ter postado nem quinta, nem ontem. O de ontem, no caso, faço ser o de hoje. Mas o de quinta, realmente não o fiz de propósito. Feriado, né? A preguiça ganhou de novo. Eita, preguicite que não me deixa em paz. Não se dá por vencida nunca. Preciso ficar provando a ela que eu sou maior, sempre.


Meu ídolo.


Alguém me dá idéia? Preciso escrever sobre alguma coisa. Não posso deixar minha escrita morrer. Não queria ficar aqui somente tecendo sobre o meu mal-estar. Doente todo mundo fica. Quero mesmo é ficar bem! Tem gente que inventa que tá doente para não trabalhar, para não estudar, para não fazer nada. Se ao menos lembrassem como é ruim ficar REALMENTE doente. Nossa, é péssimo!

Dor de cabeça, febre, dor no corpo, fastio, diarréia, sensação de aperto no estômago, ânsia de vômito, vômito propriamente dito, tontura, moleza extrema. Consegue imaginar? Não, né? A gente não pensa muito na dor. Só sentimos o poder dela quando a danada está de fato alojada em nosso corpo. É insuportável, um terror. Não se faz nada, a não ser lamentar e dar trabalho aos outros.

Prefiro mil vezes estar bem, sadio, com saúde para dar e vender, e ir trabalhar, produzir, fazer alguma coisa. Dá preguiça, sim. É um saco ir pro trabalho. Mas o resultado final disso é gratificante. A alegria de ver que o seu projeto está completo e fora do papel é melhor do que qualquer desculpa esfarrapada. Salvo quando se está doente de verdade, o melhor a se fazer é levantar e deixar de ser mole.

Moleza. Quem disse que isso é coisa boa? Não é, Amigo(a)s. Ela é armadilha, é tropeço. Faz com que você despreze o difícil, o desafiador, aquilo que ninguém deseja chegar perto, por algum tipo de receio. Sempre que vejo alguém fazendo algo que é "moleza", fico com um nó na garganta. Não quero moleza, porque não quero ser mais um com medo da vida.

A vida dá oportunidades para todos. Basta olhar à sua volta e verá. Peraí, quem diabos sou eu para falar em oportunidade, ou no que a vida me dá? Ninguém. Sou um cara normal. Alguém, no entanto, que sabe aproveitar oportunidades muito pequenas, como este blog, por exemplo, na fé de que são estas que estarão construindo o alicerce para as maiores, no futuro.

Acabou.


De cama:
Disturbed - Down With The Sickness

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Intolerância.


Extraído do blog Os três macacos.


Essa semana, protagonizei um episódio parecido com esse. Infelizmente, eu fui o da esquerda. Mas não fui de todo mal intencionado. Quis apenas brincar, fazer uma piada. Dessas que você não pode perder da ponta da língua, quando o teor criativo é demasiado alto. Infelizmente, cutuquei onça com vara curta. Vara? Fui generoso. Cutuquei o animal com um lápis apontado até o final.

Lá vou eu, face-addicted como sou (e como boa parte da população mundial também é), compartilhar uma imagem engraçada e, ao mesmo tempo, crítica, a respeito da prática religiosa de uma das (des)igrejas mais famosas do país. Não fosse a Universal estampando a frente da piada, talvez não fizesse menção de postá-la. Mas não resisti. Compartilhei, seguindo de um "Faz sentido, né?", o que se segue:




F#deu! Meu post, que era pra ser um simples expressar de opinião, virou fórum. A crentalhada, da qual eu faço parte desde 1998, veio em peso me acusar de zombaria. Um deles, do qual não há qualquer necessidade de dizer o nome, veio se expressar em particular, através do bate-papo, dizendo o seguinte: "Você sabe o que fez! De Deus não se zomba, e Ele não vai tomá-lo por inocente!"

Afora com os jargões de igreja, ojerizantes por si só (detesto jargões de qualquer tipo, em qualquer área do conhecimento, quando usados em demasia), queria ressaltar apenas uma coisa que me foi ensinada, ainda nos meus anos infantes: Só Deus pode me julgar. Quem me ensinou isso? A igreja. No entanto, quem fez julgamento de minha pessoa, decorrente desse episódio? Pasme: a igreja.

Eu quis ser vítima? De jeito nenhum. No começo deste texto, assumi a culpa pela generalização contida na piada. Não são as igrejas evangélicas que vivem falando no diabo. Igrejas evangélicas vivem para pregar o Evangelho de Jesus Cristo, no qual eu acredito, apesar de ser o parasita de m#rda que eu sou. Quanto ao resto, chamo-as DESigrejas, porque desfazem o trabalho que Cristo introduziu.

Quis causar impacto. Ele foi maior do que eu imaginava. Fiquei, confesso, temeroso. Não quis mexer em vespeiro, tampouco blasfemar contra nada. Quis somente ilustrar uma problemática que é REAL e diária em muitos ambientes ditos cristãos. Pastores enganando fiéis; dinheiro à vontade, oriundo da ludibriação do público que, iludido, tem medo do satanás e paga o que for pra se livrar de qualquer encosto.

Fui intolerante. E, como troco, colhi intolerância. Generalizei, e colhi julgamento. Onde está o erro? Dos dois lados. Mas penso cá com meus botões: se o facebook é livre, e grátis, e se religião, política e futebol são coisas que não se discutem, por que então são estes os assuntos mais postados naquela rede social? Por que não falamos de qualquer outra coisa, como "Para nossa alegria" ou coisa parecida?

Por que nós GOSTAMOS de ver o circo pegando fogo. Queremos briga, queremos argumentar, queremos estar certos! Nosso ego infla quando a gente pega uma briga, usa argumentos, ainda mais se o mesmo for de teor religioso/filosófico. Jesus disse "Ide e pregai." A igreja entendeu "Ide e impõe." De igual modo, os que são contra os taxam de loucos, alienados. Hipocrisia. Onde está o respeito?




Eu não vou terminar esse texto dizendo o que todo mundo diz. Não vou pedir para que você seja menos hipócrita, mais verdadeiro, mais honesto, menos mentiroso, nem vou apelar para a emoção ao clamar por um mundo melhor. O mundo é uma m#rda, e sempre será. Atitudes como a ilustrada acima, de acordo com o Deus que eu creio, são assassinato. Literalmente, mata-se a pessoa, com uma arma tenaz: a língua.

Termino, ao invés, dizendo o seguinte: talvez eu continue a generalizar, vez ou outra. Vou errar muito ainda. Você também vai errar. Todo mundo vai errar. Para o erro, porém, e principalmente para o orgulho, há uma palavra que, quando dita, leva o peso do mundo inteiro: desculpa. Estou aqui pedindo as minhas sinceras desculpas. Sugiro que, humildemente, você peça as suas também.

Até quinta.


Pra quebrar a expressão sisuda:
Coisas que gostaríamos de dizer - Peido no elevador.