segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Meia-volta.

"UUUUUUUUUUAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA.....ÁÁÁ!!! DEZ MIL ANOS, ME DEIXARAM COM UM BRUTO TORCICOLO!"

Se você tem mais de 20 anos, vai se lembrar dessa frase. Puxa pela memória que chega. Desiste? Ok, eu conto. Isso foi o que o gênio da lâmpada disse ao Aladdin quando ele o libertou da...lâmpada. Tanto tempo assim realmente faz com que as coisas se deteriorem. Móveis criam teias de aranha, músculos se entrevam, a pele envelhece, a madeira fica velha e comida por cupins, os blogs ficam...peraí, o que acontece com os blogs? NADA.

Pois é, amigos leitores. Voltei. Dois meses foram o bastante para me deixar fora de forma. Literalmente. Estou gordo feito uma baleia. Mas falo aqui de minhas habilidades com os dedos. Não estou lá essas coisas. Nem reclamem, por favor. Voltei hoje pra academia e quase vomito por lá (Mãe, eu tô bem, tá? Relaxa), pra não falar que paguei o maior mico com um amigo que não via a muito tempo, e por estar sentindo ânsia de regurgitar, não pude lhe dar a devida atenção.

Minhas mãos também se encontram fora de forma. Agora mesmo, deixo elas quase que no piloto automático, trabalhando sozinhas. Parece uma dança sobre teclas onde os únicos protagonistas são os meus dedos, sem a participação de minha cognição. É engraçado, porque eles fazem o que querem, não se deixam intimidar por uma "folha" em branco. Escrever é com eles mesmos. Até me assusto com a vontade deles de teclar.

O que aconteceu durante esse meu tempo ausente daqui? Algumas coisas. Pra listar algumas delas: comecei um trabalho novo, recebi uma amiga da Turquia, comemorei dia dos pais, assim como o aniversário do meu pai, comecei um namoro (especialíssimo, presente maravilhoso que nem sei expressar), voltei pra academia (tecnicamente eu só voltei hoje, mas havia feito minha matrícula la na Hi Casa Forte desde o começo de Julho), dentre outras coisas que não me lembro.

Pois, hoje eu resolvi que voltaria. Fui cobrado de atualizar mais de uma vez. Ok! Cá estou eu atualizando meu cantinho. A propósito, falando em "inho", li isso aqui semana passada:

macho nunca fala no diminutivo

Nem preciso dizer que eu me caguei de rir, né? Então vou corrigir o que disse: cá estou eu atualizando meu CANTO! Hehehe...agora está melhor. Negócio de falar "inho" é pra quem dorme na caixa, mas eu não entendo dessas coisas, sou Rubro-Negro. Pergunta lá pra torcida da Barbie :D #trollface

Se eu tenho saudades dos Estados Unidos? Tenho sim. Eu falei, não falei? Faz dois meses que voltei pra casa. E penso muito em San Diego. Tudo que eu vivi por lá foi mágico. Balboa Avenue com Genesee Avenue, onde eu morei por muito tempo. UTC Mall, onde eu almoçava praticamente todos os dias. La Jolla Village Drive, onde o ônibus passava pra ir à UCSD. A própria Universidade, lugar maravilhoso de se estar.  A Igreja Batista de East Clairemont, que jamais esquecerei. Gosto muito de lembrar de tudo isso.

Foi um tempo maravilhoso. Absolutamente necessário para o meu desenvolvimento emocional. Não me arrependo de nada do que vivi por lá (salvo quando me deixava influenciar por pessoas desnecessárias simplesmente para fazer parte daquele grupo específico), pois tudo contribuiu para que eu crescesse um pouco nesse meu universo particular. Fiz muitas amizades, e alguns inimigos, a favor dos quais eu torço.

Fiquei devendo algumas viagens. Las Vegas foi uma delas. Absolutamente importante, mas deu errado em todas as vezes que planejei ir. Fazer o quê? Há vezes em que não tem que ser. Portanto, não me estressei. Conheci parte de Los Angeles, belíssima cidade. Conheci San Diego! Quem diria que eu, um dia, iria morar numa cidade como essa? Logo onde? CALIFÓRNIA.

Pois é. Estados Unidos já passou. RECIFE! De volta à minha problemática e mal-educada cidade, que eu tanto amo. Por mais defeitos que tenha, é a minha casa. E não posso reclamar tanto da minha casa. Agir é melhor, caso queira mudar alguma coisa. As coisas começam primeiro na gente, né mesmo? Pois pronto. Aprendi muita coisa no exterior, e quero muito aplicar aqui. Minha cabeça não é mais a mesma. Nunca mais será.

Pretendo voltar. Sim, por que não? Quero passear, descobrir mais. Turistar (existe essa palavra?), conhecer. E compartilhar. Compartilhar, aliás, é algo que todo mundo deve fazer. Coisas boas, diga-se...as más, eu dispenso. Se bem que eu mereço. Já fiz mal a muita gente. Mas quem não fez? Isso deve estar proporcionalmente ligado ao egoísmo. EU primeiro? Então o outro que se f#da. :)

Fui!!!

Pra dar um banho de movimento ao corpo entrevado:
Tim Berg - Seek Bromance

terça-feira, 21 de junho de 2011

Casa!

Eita p#rra!!! CHEGUEI EM CASA! Pense numa alegria, todo mundo me esperando, festa, Stella Artois, Crepe. Só coisa boa! Fiquei surpreso ao chegar no meu quarto e vê-lo todo arrumado, com lençóis novos, cortina nova, e um monte de coisa diferente. Não tem sensação melhor do que estar no lar da gente. Tudo parece perfeito, mágico, ímpar. Foi exatamente quando vi que estava em casa, não foi? Não, Sevandija, não foi.

Eu vi que havia chegado quando presenciei uma coisa que só se tem em Recife: TRÂNSITO. Tá, nem venham falar de São Paulo ou outras localidades de maior porte. Quem vive AQUI em Recife sabe que a cidade ganha disparado no quesito PIOR trânsito do mundo. Quem dirige pelas ruas da cidade conhece bem todos os lugares, os becos, os atalhos, as entranhas. O que acontece é que o MUNDO inteiro conhece as ruas do Recife. Resultado? Para onde quer que se vá, há um engarrafamento.

Engarrafamento me lembra engavetamento. E isso é outra coisa que vive tendo por aqui. Como as coisas em Recife só funcionam na base da ignorância, o motorista de trás jamais terá paciência suficiente para esperar o da frente andar. Esta é a única cidade onde, em ruas absurdamente estreitas, tem-se a necessidade de correr a 80Km/h. Mas de onde vem a necessidade? Pasme: de canto nenhum, em absoluto.

Criou-se a mania, a cultura, o ambiente da agonia. Eu assumo toda a culpa. Já me envolvi em alguns terríveis acidentes por excesso de velocidade. Paguei por isso. Ou melhor, quem pagou foi meu pai, o que, para minha índole e orgulho, foi pior. Mas não tive escolha, pois era apenas um estudante do ensino superior, sem poder aquisitivo suficiente para arcar com todos os prejuízos. Aceitei o amor imenso que minha família tem por mim e deixei que as coisas se resolvessem da melhor forma possível.

Pois é, amigos. Eu falei outro dia que minha cidade não era só maravilhas, né? Disse que falaria em outro post sobre as broncas que existem por aqui. E falo mesmo. Amo minha cidade, como bem já disse. E é exatamente por isso que explicito sobre os nossos problemas. O meu desejo é que a cidade cresça. Para crescer, é preciso corrigir. Tomei altas correções quando era mais novo, por que Recife também não pode tomar?

Fico pensando no que testemunhei por 9 meses nos Estados Unidos. Os nativos sempre me diziam: o povo aqui na California dirige muito loucamente! Hehehe...não conhecem Recife. Amigos, vou lhes contar como são os motoristas loucos da Califórnia: Eles dirigem a uma velocidade padrão; dão absoluta prioridade ao pedestre; param 100% onde se tem o sinal "stop" pintado nas ruas, mesmo que não tenha carro ou pessoas atravessando a rua; não se impacientam nos engarrafamentos, pois os mesmos não demoram mas que 20 minutos.

Tá. Uma foto não pode provar nada. Portanto, espero que vocês acreditem no que estou dizendo, pois não tenho testemunhas no momento :D O meu argumento é o seguinte: precisamos parar com esse orgulho idiota e aprender com quem sabe fazer de forma bem feita (ou pelo menos melhor do que nós). Caso contrário, ficaremos na mesma merda, reclamando dos mesmos problemas, como eu estou fazendo aqui neste Blog...

Mudando de assunto: começou a chover aqui. Fazia muito tempo que eu não sabia o que era estar em casa durante uma chuvinha boa dessas. Claro que choveu em San Diego. Mas não é a mesma coisa de uma chuva em Recife, dentro de casa, relaxando ao som de um Jazz delicioso (chega...). E detalhe: estou na varanda de meu apartamento, postando diretamente da minha mais nova aquisição: MacBook!

Pois é. Cheguei. Estou de volta. Mais uma vez enfrentando o trânsito da cidade, mais uma vez dormindo no meu quarto cheio de madeira e bagunçado. Outra vez junto de minha querida família, e ouvindo a voz deles enquanto eu cochilo numa tarde de domingo. De novo tendo que dar bronca em Ozzy por ter mijado na cortina, ou no sofá, ou no banheiro social, ou no pé da mesa, ou no pé de alguém (pasmem).

Entretanto, sinto-me diferente. Um novo homem. Alguém cuja experiência fora do Brasil valeu muito a pena. Mais do que desejada, posso dizer que ela era necessitada. Passar por tudo que passei no exterior me fez rever alguns valores. Não fui nenhum coitado, de forma alguma. Mas aqui dentro, na minha psique, certamente houve uma transformação. Algo dentro de mim finalmente saiu, tomou o seu devido lugar. E hoje (se não totalmente, parcialmente) sinto que posso respirar em paz.

Até outro dia.

P.S.: Ando atrasado com as postágens. Pretendo compensar o atraso com algumas extras. (ÊÊÊÊÊÊ...)


Musiquinha de balada:
LMFAO - Party Rock Anthem