terça-feira, 6 de março de 2012

Natureza.

Bom dia para você, que há muito tempo não sabe o que é um post aqui n'O Sevandija. Parece um despertar, depois de uma noite tenebrosa e longa, daquelas que chovem canivete, toró mesmo. Sentiram minha falta? Bem, eu não senti. Mentira, senti sim. Senti muita saudade de vocês. Havia esquecido que aqui é o meu cantinho. E que há leitores que perdem tempo lendo minhas coisas. Uns 4 ou 5, contando minha família, mas há.

Começo a manhã de hoje disposto. Com disposição de sobra para continuar na minha cama. O lugar mais quente, mais aconchegante, mais convidativo da casa. Não quero ser hipócrita a ponto de dizer "Que nada! Eu quero mesmo é trabalhar, me estressar e ter aperreio!" Não, eu não quero isso. Mas a vida não é feita somente daquilo que queremos. Não foi, não é e não será assim para ninguém, nem mesmo para o Eike Batista. Tenho certeza.

Mas não tem problema. Porque estou feliz. É, isso mesmo, feliz. Minha felicidade vem do fato de que eu estou vivo, tenho uma rotina, acordo, levanto, como, rio, deito, durmo. Tudo isso de graça, todos os dias da minha vida. Dessa parte eu gosto. Amo saber que fui presenteado com esse dom, o de viver. E vivo mesmo. Percebo, a cada dia, que meus problemas são nada, quando vejo pessoas ao meu redor que praticamente, ou literalmente, não vivem.

Gente que anda nas ruas em condições piores que ratos de esgoto. Pessoas que, por não terem nada a perder, desistem da vida, assim como quem desiste de tentar abrir uma lata de condimento. Simplesmente deixam para lá. Fácil. Uns 15 dias atrás, vi um sujeito em frente à minha faculdade com (pasmem) uma colostomia aberta. Literalmente, seu intestino grosso estava fora de seu organismo uns 25 cm. Foi a coisa mais triste, horripilante e absurda que já presenciei.

Não que tenha sido a primeira vez que eu tenha visto alguém assim. Anos atrás, eu já vi algo parecido. Mas o sujeito tinha o "cuidado" de esconder aquilo em um saco de Bompreço. É o quê? Se eu estou com nojo dessas pessoas? Não, meu amigo, minha amiga. Estou com pena. Muita pena. Seja qual for o motivo que o leve a sentar na rua com aquela coisa aberta, nada justifica um estado daqueles. Eu achava que a saúde pública no Brasil fosse de graça. Ou melhor, achava que era um direito.








Muita gente me critica pelo fato de eu querer ficar rico um dia. É, rico. Ter dinheiro, sabe? Poder. Acha que é ruim, que é utópico, que é pecado. Logo eu, um gastador compulsivo, nato. Eu, um cara que nem consegue se segurar diante de um lançamento da Apple, querer ter dinheiro. Parece piada. E é, mesmo. Mas o lado bom de toda piada é que quase sempre tem uma risada no final. E, até onde sei, quem ri por último, ri melhor. 

Sabe por que eu quero isso? Não, não é para comprar uma casa em Malibu, ou ter um terreno em Fiji, ou comprar toda a loja da Apple para ter em casa. Também não é para comprar uma Ferrari, nem uma Lamborghini. Tampouco seria para comprar roupas Lacoste ou perfumes caríssimos. Todas essas coisas se deterioram com o tempo. O tempo tudo destrói, já dizia o filme Irreversível, de Gaspar Noé. 

Queria ter recursos, querido leitor, para poder fazer igual a Bill Gates, ou Mark Zuckerberg, ou Steve Jobs (In Memoriam). Gênios, mas não por causa da Microsoft, do Facebook ou da Apple, apenas. São gênios por doarem seu dinheiro. Filantropos. Provando que a iniciativa privada é extremamente importante para a humanidade. Não dependendo de governo nenhum, poder de Estado qualquer que seja, para ajudar os irmãos que vivem à mercê do acaso.  

Ricos, sim. Qual é o problema? Mérito próprio. Isso tem o meu louvor. Já não dependem do Estado para nada, financeiramente. Já não precisam se preocupar mais com certos assuntos que causam tanta dor de cabeça à nós, meros mortais que pagamos nossas contas de forma tão apertadinha. Eu sei que nem tudo são flores na vida desse povo. Como eu disse ali em cima, as coisas não são 100% como queremos. Não é diferente para estes citados no último parágrafo.

Quero poder olhar na cara do governo do meu país e dizer "Obrigado por nada, mas eu não preciso mais de você." Se eu vou realizar isso? Bom, eu acredito que vou. Se não, pelo menos tento, até onde puder. Se a preguiça é a tranca da porta, o trabalho é a palavra-chave. E a disposição para ficar na cama, como eu disse acima, precisa ficar só na vontade. Na prática, o lance é praticar, fazer, realizar.

Até logo.

Ouço, neste exato momento:
Adele - My Same.

Um comentário:

  1. Galera, eu tentei de tudo, mas não consegui formatar o primeiro parágrafo para que o espaçamento entre as linhas ficasse igual ao dos demais. Desculpa aí, tá? :)

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