segunda-feira, 11 de abril de 2011

Passa.



Que cabecinha, hein? É incrível, a gente nem quer, mas a mente ja pensa besteira. Não somos nós quem fazemos o trabalho, é a cabeça sozinha. Essas tirinhas desses bonequinhos são bem sugestivas. Tinha as do Dr. Pepper também, mas eu não botei aqui porque...bem, porque eu não quis.

Semana complicada essa que passou hein? Não tem como não comentar do que aconteceu sexta-feira, no Rio. Não vou gastar o post falando disso (pelo menos eu não pretendo fazer isso, já que se tem gente suficiente blogando sobre isso por aí, e também porquê só se fala disso no Brasil inteiro). Contudo, deixo também aqui, sem nenhuma modinha, a minha indignação. 

Complicado. Não se sabe o que fazer mais. Minha irmã postou no blog dela, semana passada, sobre estar difícil. Também não vou reproduzir aqui o post dela, que já está feito (jura, Sevandija?) e quem quiser pode conferir clicando aqui. O que tenho a dizer sobre isso é o que disse há um tempo atrás, na ocasião da morte de Eloah, em 2008: Infelizmente, coisas do tipo vão continuar acontecendo, mais gente doida vai sair matando e mais inocente, pagando. É a verdade, nua e crua. Deus nos proteja de nós mesmos.

Fica difícil escrever quando você entra num assunto tão sério. Difícil porque você quer soltar sua criatividade,  mas precisa tomar cuidado com o que vai escrever. Eu não entendo a dor das famílias que perderam suas crianças, porque eu não tenho criança nenhuma. Pretendo ter filhos um dia. Aí sim eu vou poder imaginar como seria pra mim perdê-los. Não é das coisas mais agradáveis, mas é inevitável. Só posso dizer que imagino ser insuportável.

Dane-se. Já engatei no assunto e vou com ele agora. Sem modinha nenhuma, sem querer chamar atenção. É só porque quanto mais você vai falando, mais dá vontade de falar. São idéias, né? Elas vem junto com a musica (que aliás eu recomendo: Dave Matthews Band). Daí, não sei parar mais. Agradeço a compreensão :) Mas enfim...triste. Isso me define nesses ultimos dias. Calma, minha gente. Não tou triste de me desiludir da vida também. É triste compartilhando a dor que todos estão dividindo.

Eu adoro o Rio. Estive lá três vezes. A alegria daquela cidade me contagia toda vez que vou lá. Desde o sotaque (que é irritante pra muita gente, mas é lindo pra mim) até às praias, e montanhas vistas de longe e de perto. Não tem graça nenhuma aqueles morros lá tomados por traficantes e seus comandos. Menos graça tem o modo de eles terem sido criados, e a cultura marginal na qual eles nasceram. Muito menos engraçado é o fato do país ter sim condição de mudar essa história, mas preferir encher o rabo do dólar que era pra ser destinado à esses lugares e/ou construção de lugares melhores, segurança melhor, educação melhor. Mas esse discurso é velho e ineficiente.

O que seria eficiente? Não sei. Os políticos devem saber. Ou melhor, sabem. Eles sabem. O atirador fanático é filha da puta? Sem duvida que é. Ou era. Não se conhece a história dele por inteiro, entretanto. Ele deixou uma carta escrota e conseguiu parte do que queria: executar gente inocente (em todos os sentidos dessa palavra), se matar e chamar atenção. As outras exigências já ficaram mais difíceis, né? Tanto que será enterrado como indigente.

Isso não vai mudar a estrutura social do Brasil. Nenhum blog, nenhum noticiário, nada, absolutamente nada, vai fazer com que as coisas mudem com relação à violência, fanatismo religioso, segurança. Tudo porque não temos um poder de decisão forte. Talvez essa palavra, decisão, seja a palavra-chave para o crescimento de qualquer nação. Ou então é viagem minha, que seja. Uma grande decisão que tomamos foi a Lei Seca. É chata? É. Todo mundo gosta de sair pra beber dirigindo o próprio veículo. Mas ela tem sim um fundamento. E foi muito bem decidida.


Alguma dúvida?


Cadê esse poder de decisão pras outras áreas, como a educação, por exemplo? Não existe. Posso dizer que não vai existir nunca. Não se depender do Papai Estado. Como também não vai existir a decisão de ter-se tolerância zero contra a corrupção. O dinheiro (que pertencia ao trabalhador) vai sempre falar mais alto. Haverá renúncias antes da cassação, e todo mundo vai sair bem e livre mais uma vez. Ah, e rico, muito rico. "Foda-se o congresso. Já fiz minha vida mesmo. Agora é só limpar o rabo com dinheiro."

Cedi ao sério hoje. :) Por uma boa causa. É meu manifesto. Também posso, né mesmo? Corre sangue nas minhas veias e não é de barata (Felipão, licença de usar essa frase, tá?). Cada vez mais gosto da idéia de ter um blog. Quem não tem, comece a ter. É massa. Eu gosto desse aqui. Talvez faça mais, não sei. Por enquanto, tá de bom tamanho um semanal. Pra não dizer que não ri, deixo vocês com isto aqui:



Beijo do gordo! UÔU!

Sugestão Musical:
Dave Matthews Band - Satellite

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Remanso?



Pois...já ouvi dizer-se em falar pelas costas. Olhar pelas costas (nuca, eu sei...colabora, na moral.) é a primeira vez. Não sei se seria lá muito proveitoso ter esse par de olhos aí atrás. Porra, imagina o cabelo na frente, a escova passando e enganchando, a galera metendo o dedo? Não. Esse cara aí sendo o único da espécie tá bom demais.

Mais uma segunda-feira, pessoas. Tranquila, confesso. Não sou uma pessoa muito boa para se acordar pela manhã, entretanto. É um saco. Simplesmente isso. Sendo a cama a melhor amiga do seu corpo durante o sono, o despertador, ciumento possessivo, arma um barraco logo de manhã, lembrando que essa amizade não tem lá muito futuro. Afinal, deitado raramente você produz alguma coisa que não seja baba, gases e sujeira de cabelo, olho e nariz.

Não tô em casa. Tô no quinto andar da Geisel Library, aqui na faculdade. O prédio, na minha opnião, é um orgasmo para muitos arquitetos. Formato de árvore, todo envidraçado. A vista aqui de cima é simplesmente fantástica. Verde, pátio, prédios, verde, gente, carros, horizonte, verde, postes, mosaco de cobra gigante que fizeram la embaixo, verde, pontezinha...eu já mencionei verde?

É o tipo do lugar onde você vem buscar inspiração pra escrever um...blog? É, né? Há umas semanas eu estava frenético. Hoje eu tô, hum...calminho. Incrível isso, porque toda minha vida só me chamaram de calmo. "Esse menino é muito calminho, né? Ô rapaz, eu gosto tanto dele!" Gente, eu não sou calmo, eu sou tímido. Há uma diferença gigante entre ser calmo e ser tímido. O calmo é passivo...

(Clique aqui se você pensou merda.)

E na base da calma (ou da timidez, que seja) eu vou atualizando isto aqui. Gosto de manter o rítmo porque me estimula a criar. Criar, alias é o que falta em muitos lugares, mesmo na mente da gente que vive numa era cheia de coisas prontas e automáticas. No exato momento em que escrevo essa frase, aparece uma gaivota no parapeito da janela. Quantas idéias uma mente pode ter simplesmente ao olhar para algo assim? 

Na minha cabeça, mil coisas aparecem ao mesmo tempo: vida, pena, cocô, asas, cocô, ave, procurando comida, vôo, cocô, ninho, rasante, liberdade, cocô. Vai dizer que você nunca foi atingido por uma bazuca anal? (Salve Mamonas...) Pois eu já. No dado momento, você passa por alguns estágios: primeiro, sente a coisa na cabeça e torce pra que seja água; segundo, leva a mão no lugar atingido e toca (e se arrepende depois porque o cheiro que fica no dedo é desgraçado); terceiro, bate o olho na merda. É uma delícia, gente.

Ta vendo? A cabeça é uma coisa maravilhosa, tanto pra levar cocô quanto pra criar coisas. Nunca despreze a sua, pois pra alguma coisa ela vai servir :). A minha serve pra escrever merda num blog pior ainda. E sabe do que eu me orgulho? É que você ainda gasta tempo lendo isso! LOL...Se bem que, deixando a modéstia de lado, eu prefiro muito mais postar pra vocês do que gastar minha vida com BBB, Faustão e Galvão Bueno. Aqui é menos deprimente. Bem menos.

Falando em depressão, essa semana eu tive preguiça de ficar contente. O espelho ajuda você a lembrar que o corpo geralmente pensa que se dá muito bem com a gordura. Ué, claro gente, senão ele não guardaria tanto dela pra si mesmo. Aí a gente fica triste né? Porque quer. Eu quis. A tristeza as vezes parece mais confortável que a alegria, porque os esforços que se fazem pra ficar contente são muitos. Aí dá preguiça de se esforçar. Conclusão: preguiça traz tristeza, e tristeza dá preguiça.




Acho que as formigas não são infelizes nunca, então, embora tenham razões de sobra pra isso. Pensa comigo: elas são pequenas, feias, tem seis patas, facil de matar, facil de coletar, é alvo constante de chutões, petelecos, pisadas e outras coisas. Mas apesar de tudo, devem ser as criaturas mais felizes da terra. E porque? Simples: elas não param. Literalmente. Nunca. Todo sucesso de suas magnificas e absurdas construções são fruto de um trabalho incessante de equipe. E diferente de nós, não precisam de líder. 

Termino, com esse papo de formiga, dizendo que tenho muito que aprender com o insignificante. O pequeno mesmo, aquilo que passa e nem se vê direito. Um pedaço de cimento no chão, aquela sandália toda f#dida jogada no canto do quarto que você nem usa mais, o cheiro das axilas no fim do dia. Tudo pode trazer algo à superfície do seu imaginário. Explore. Eu o farei. Já tô fazendo. E me assustando.

4:30pm. Vou ali comprar meu iPod. Uma semana cheia de cocôs de passarinho pra todos.

Sugestão Musical:
Jennifer Lopez - On The Floor (ft. Pitbull)